Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Falta de ar pode ter muitas causas e, frequentemente, ela tem causas físicas. Entre as causas emocionais, ansiedade e crises de pânico são as mais frequentes. Assim, deve-se ter uma boa avaliação clínica para excluir causas físicas e, se não se tratar disto, numa avaliação psiquiátrica será possível constatar se é o caso de problemas emocionais passageiros ou de sintomas que requeiram tratamento por psicoterapia ou medicações.
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Quando o uso de drogas é em grande quantidade e por longo tempo geralmente está associado a alguma doença psiquiátrica. Nos casos mais graves encontramos desvios do comportamento sexual, doenças psiquiátricas e transtornos de personalidade em adição aos transtornos por uso de substâncias.
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Pessoas que usam drogas frequentemente têm problemas psiquiátricos.
Existem pessoas que são saudáveis e, de vez em quando, usam drogas. A frequência de uso varia. Muitas vezes, estas pessoas conseguem usar drogas durante muitos anos e não ter grandes prejuízos.
Entretanto, uma parte das pessoas que usam drogas começa a ter prejuízos mais graves, que vão desde discussões domésticas e problemas com a polícia (por exemplo, por dirigir embriagado) até doenças físicas. Estas pessoas, frequentemente, têm muita dificuldade para parar de usar as drogas. Ou, mesmo quando elas dizem que conseguem parar, elas param e voltam a usar depois de algum tempo e repetem estas paradas e recaídas ao longo de sua vida.
Quando ocorre esta forma mais grave de uso de drogas, fala-se em abuso e dependência de drogas (ou substâncias).
Se a pessoa tem abuso ou dependência de uma ou mais substâncias (isto inclui não só as drogas ilícitas, mas também o cigarro, o álcool e alguns tipos de calmantes, medicações para dormir e medicações para dor), isto já é considerado um problema psiquiátrico.
Além disso, muitas pessoas usam drogas para aliviar algum problema emocional ou os sintomas de problemas psiquiátricos: pessoas deprimidas e muito ansiosas têm maior chance de ficarem dependentes de álcool, por exemplo. Pessoas muito ansiosas podem querer usar maconha para aliviar a ansiedade e ficar dependentes. Esquizofrênicos frequentemente são dependentes de cigarros.
Finalmente, as drogas também causam problemas psiquiátricos. Assim, usuários de bebidas alcoólicas podem desenvolver depressão, usuários de maconha podem desenvolver esquizofrenia, se tiverem tendência, usuários de LSD ("ácido") podem ficar psicóticos. E assim por diante.
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A risperidona não é uma medicação cuja função seja fazer a pessoa dormir, apesar de algumas pessoas terem este efeito e ele poder ser útil, em alguns casos. Ele é usado principalmente como estabilizador do humor, antidepressivo em alguns casos e antipsicótico. O Remeron* (mirtazapina) é um antidepressivo que, em doses baixas, pode ser usado como medicação para ajudar na insônia. Em pessoas idosas, sempre se deve tomar cuidado com medicações para dormir, pois podem aumentar os riscos de quedas, principalmente durante a noite. De modo muito frequente, quando se usa uma medicação para dormir, qualquer uma, ela perde ou diminui o efeito após um tempo. Se for usada outra medicação, isto também pode ocorrer e, muitas vezes, isto leva as pessoas a aumentar progressivamente a dose, o que pode ser prejudicial. Na verdade, medicações para dormir devem ser evitadas, por períodos prolongados: deve-se tratar a causa da insônia. A insônia pode ter muitas causas: transtornos psiquiátricos, problemas respiratórios, problemas relacionados à regulação do sono pelo sistema nervoso. Em muitos casos, trata-se de hábitos errados. Há algumas recomendações que podem ajudar a pessoa a dormir:
 
MEDIDAS DE HIGIENE DO SONO
 
1. Ir para a cama apenas quando estiver muito sonolento, sem conseguir manter-se acordado. Não basta estar cansado. Enquanto isto, ficar assistindo à TV, lendo um livro, folheando uma revista ou escutando música. Sempre atividades tranquilas, que relaxem. Filmes de suspense, músicas muito agitadas, atividades como lavar louças ou varrer a casa podem deixar a pessoa ainda mais acordada.
 
2. Se acordar no meio da noite e não adormecer em 15 a 20 minutos, fazer como em (1).
 
3. Exercícios físicos aeróbicos várias vezes por semana. Terminar, o mais tarde, 4 horas antes de ir dormir; caso contrário, pode ficar muito estimulado e dificultar o sono.
 
4. Tomar um lanche leve antes de ir dormir.
 
5. Não fumar, não beber café na parte da tarde.
 
6. Jamais tentar "forçar" o sono: quanto mais a pessoa tenta, mais acordada fica.
 
7. Para algumas pessoas, ajuda tomar um banho morno antes de dormir.
 
8. Acordar cedo, mesmo nos feriados e fins-de-semana.
 
9. Não dormir a mais, mesmo se tiver dormido mal, à noite.
 
10. Não tirar cochilos durante o dia.
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Ao contrário do que se pensa, o nosso cérebro está em mudança constante, o que pode causar a falta de resposta a um medicamento que antes era eficaz. Isso depende menos do medicamento e mais do cérebro da pessoa. A adequação do esquema terapêutico para sua idosa deve ser feita através de consulta ao(à) médico(a) dela, que deverá considerar junto com a família, todas as variáveis envolvidas nessa insônia.
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Boa noite, após dois anos, se estiver estabilizado completamente pode-se pensar em redução e suspensão. Nunca suspenda a medicação de forma abrupta e sem orientação profissional especializado.
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Não entendi o que quer dizer com "disse que está cansada dela". De quem? De quê? Mas, em relação aos outros problemas que cita, convém ela consultar um psiquiatra, pois todos eles podem, em princípio, ser solucionados, com ajuda de um(a) boa profissional.
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A esperança, mesmo sendo uma crença, é importante. Você descreve uma pessoa com problemas psicológicos de alguma gravidade e que merecem a atenção de um psiquiatra. São problemas que podem ser solucionados. Conversar com ela sobre estes problemas, ajudá-la a resolver problemas relacionados à procura e ida ao profissional e apoiar o tratamento.