Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Seria importante que você explicasse melhor sua pergunta:
 
O que é sentir "gastura"? É dor, é formigamento, o que é?
 
Nervos não enrijecem: o que pode enrijecer são músculos ou articulações ("juntas").
 
Talvez você pudesse pedir para a sua filha descrever melhor ou mesmo o neurologista fazer um resumo do que ela apresenta e você incluiria na sua pergunta.
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O Olcadil, sendo uma medicação da classe dos benzodiazepínicos, não está indicado para tratamento de depressão em monoterapia, ou seja, sozinho. É necessário que se adicione um antidepressivo à essa prescrição, para que haja melhora efetiva. Discuta com seu médico sobre isso, e de preferência procure um especialista na área, que poderá te indicar a melhor opção para seu caso.
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O cloxazolam (que é a substância que o Olcadil* contém) não é uma medicação apropriada para depressão. Ele é uma medicação para ansiedade, do grupo dos benzodiazepínicos.
 
O uso dele, hoje em dia, costuma ser evitado, pois esta família de drogas pode causar problemas de memória, coordenação motora e quedas. Quando usado, recomenda-se que não seja em pessoas acima dos 65 anos e seu uso não dure mais de 4 a 6 semanas.
 
Se seu diagnóstico for realmente depressão e esta for a única medicação que estiver sendo usada, seu tratamento está equivocado.
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Sugiro que você discuta essa proposta com seu médico, para que você entenda de forma bem clara o motivo pelo qual ele está sugerindo esta alteração. As maiores razões para troca de medicamentos são a ausência de melhora ou melhora apenas parcial dos sintomas, e a presença de efeitos colaterais intoleráveis. Dependendo do seu diagnóstico, contudo, o médico pode ter feito esta proposta para introduzir uma medicação melhor indicada ao seu transtorno.
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Não é possível fazer nenhuma sugestão sem conhecer seu caso.
 
Do ponto de vista farmacológico, a desvenlafaxina (substância contida no Pristiq*) é um antidepressivo eficaz, assim como pode ser eficaz em casos de ansiedade.
 
De modo geral, quando doses máximas (cerca de 60 mg) de paroxetina não trazem controle suficiente após um período de semanas a meses, opta-se por potencializar o efeito da paroxetina (isto é, acrescentar outras medicações) ou trocá-la por medicações mais potentes, como é o caso da desvenlafaxina.
 
Na verdade, a única coisa que chama a atenção em sua pergunta é por que você tomou paroxetina por tanto tempo. Se isto ocorreu porque, inicialmente ela controlou seu problema e, depois, sua eficácia diminuiu (o que pode ocorrer), a conduta estaria correta. Da mesma forma, estaria correta se, com a paroxetina, foi obtido um controle parcial mas, quando se tenha tentado potencializar o efeito dela ou trocá-la por outro medicamento, as respostas foram piores ou houve um excesso de efeitos colaterais. Outro aspecto que o médico não pode prever é quando o paciente diz que está "bem" mas, na verdade, ainda apresenta restos de depressão que não relatou ao médico.
 
Se, entretanto, estava claro que seu problema foi suficientemente controlado pela paroxetina, ela não deveria ter sido mantida por tanto tempo.
 
Finalmente, se não foi atingida a dose máxima da paroxetina, pode ser interessante, antes de trocá-la por outra medicação, tentar doses mais altas da própria paroxetina.
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As crises de despersonalização, nas quais a pessoa sente um estranhamento em relação ao seu próprio eu, podem ter várias causas como, por exemplo, quadros psicóticos ou ansiedade.
 
A crise pode durar segundos, minutos ou horas e, geralmente, passa sozinha. Deve-se procurar uma avaliação psiquiátrica para conhecer as causas e, eventualmente, instituir um tratamento.
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A depressão possui sintomas como: tristeza e desânimo a maior parte do tempo (por vezes, é uma emoção diferente da tristeza, mas igualmente negativa, a que chamamos, literalmente, de "humor depressivo"); alterações de sono (para mais ou para menos); alterações de apetite (para mais ou para menos); dificuldades de concentração; diminuição do desejo sexual; ideias depressivas (lembrar muito de coisas ruins que ocorreram, pessimismo exagerado em relação ao futuro, sentimentos de culpa exagerados); estas ideias depressivas podem, eventualmente, envolver ideias de morrer ou mesmo suicídio; incapacidade de sentir prazer naquelas atividades que anteriormente eram prazerosas.
Nem todos estes sintomas precisam estar presentes ao mesmo tempo e há casos mais e menos graves.
Alguns problemas físicos (como alterações hormonais, por exemplo) também podem dar excesso de sono e desânimo.
Deve haver uma avaliação por psiquiatra para saber se se trata de uma doença física ou de uma depressão. -
Você citou dois sintomas que podem compor um quadro depressivo: a hipersonia (aumento do sono) e a adinamia (letargia). É preciso investigar outras alterações como perda do prazer, alterações de apetite e libido, tristeza, irritabilidade, choro imotivado. Portanto, procure um psiquiatra assim que possível, antes que essa situação comece a trazer prejuízos nas diversas áreas da vida (afetiva, profissional, acadêmica, etc).