Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Procure um psiquiatra, para diagnosticar o tipo de sintomas ansiosos: ansiedade pode ser uma reação normal, que não necessita de tratamento, mas também pode ser um transtorno de ansiedade generalizada ou pode ser sintoma de ansiedade em depressão ou outros transtornos que cursam com sintomas de ansiedade, frequentemente; pode se manifestar na forma de fobias (medos exagerados ou irracionais); sintomas de transtorno de pânico também são semelhantes aos de transtornos de ansiedade propriamente ditos. Dependendo do diagnóstico, pode ser indicado tratamento medicamentoso, psicoterápico ou, frequentemente, ambos.
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Somente um profissional que possa pessoalmente avaliar o caso de seu filho, poderá orientar um tratamento: há vários tipos de ansiedade, com tratamentos diferentes e há necessidade de avaliar também se a causa de "ficar sem respirar" é mesmo a ansiedade, pois há outros problemas que podem levar a este tipo de queixas. E, mesmo que a pessoa seja ansiosa, isto nem sempre significa que a ansiedade é causadora de todos os sintomas que aparecerem.
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Complexo de Édipo não é uma doença. Então, neste caso, não se pode falar em sintomas.
 
O Complexo de Édipo faz parte da teoria da psicanálise.
 
A psicanálise é uma teoria construída inicialmente pelo neurologista e pensador Freud.
 
Nesta teoria, o complexo de Édipo se refere a uma rivalidade emocional que se estabelece entre pai e filho, que competem pela posse da mãe. Isto porque, na teoria de Freud, a criança passa por vários estágios de desenvolvimento psicológico e estes estágios estão relacionados à libido (por isto se fala em desenvolvimento psicossexual).
 
A origem do nome vem da lenda de Édipo, na mitologia grega que, abandonados pelo pai quando bebê, conhece a própria mãe na fase adulta e, sem saber que ela é sua mãe, casa com ela e mata o próprio pai.
 
Entretanto, é importante dizer que toda a teoria de Freud é muito contestável e ela não é uma teoria científica. Ela foi construída para explicar uma série de observações de Freud e outros psicanalistas, mas nunca foi comprovada cientificamente.
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Depressão não é tristeza. Tristeza é normal, todo ser humano normal sente. Depressão é uma alteração comportamental grave e, frequentemente, uma doença.
Tristeza não necessita de tratamento, ela passa com o tempo ou quando certas condições da vida das pessoas melhoram. Depressão pode não passar ou, mesmo quando passa, ela volta.
A depressão é perigosa: diminui muito a qualidade de vida da pessoa, pode prejudicar suas atividades sociais e profissionais e pode mesmo levar ao suicídio.
Todos os remédios antidepressivos aprovados pela ANVISA fazem efeito na depressão. Entretanto, isto não significa que qualquer antidepressivo funciona para qualquer pessoa.
Geralmente o psiquiatra inicia o tratamento com um antidepressivo mais fraco (por exemplo, um inibidor de recaptação de serotonina) e em doses baixas. Se não funcionar, ele vai aumentando a dose, aos poucos. Se, mesmo assim, a pessoa não ficar bem, ele pode usar mais de um remédio ao mesmo tempo ou trocar por um remédio mais forte. Isto vai sendo feito aos poucos, ao longo de várias consultas, até que se consiga um tratamento que controle a depressão.
Por outro lado, antidepressivo não traz felicidade. Ele pode até fortalecer a pessoa e, mesmo pessoas com problemas na vida passam a sentir-se mais animadas e corajosas para enfrentá-los, quando são tratadas.
Mas, se você tem problemas na vida, sugeriria associar uma psicoterapia ao tratamento com antidepressivos. Na psicoterapia, o profissional (um psicoterapeuta, que pode ser psiquiatra ou psicólogo) vai ajudar você a entender melhor seus problemas e a procurar saídas.
Você deveria começar sendo avaliada por um psiquiatra, para diagnosticar se você tem depressão ou só tristeza. Se não tiver depressão, uma psicoterapia pode ser útil. Se tiver depressão, ela pode ser tratada ao mesmo tempo que você faz psicoterapia. Ou, às vezes, você espera a depressão melhorar com remédios e, já mais animada, partir para a psicoterapia com o objetivo de ajudar a enfrentar os problemas de sua vida.
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Pelas suas informações é possível a presença de um quadro de fobia, o qual se não tratado leva a uma limitação social importante, com prejuízos na vida profissional e social, por exemplo na família e a pessoas associadas à vida do paciente.
De maneira geral o tratamento é realizado com psicoterapia e medicação, tendo quase sempre sucesso.
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Este tipo de problema pode ser uma fobia (medo exagerado) ou um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Neste último caso, geralmente a pessoa, além do medo excessivo ou mesmo irracional, costuma ter rituais para tentar diminuir os medos ou pensamentos desagradáveis. Estes rituais podem ser, por exemplo, rezas, pensamentos "positivos" para combater os negativos, lavagem excessiva das mãos ou do corpo, evitar apertar a mão de outras pessoas. Entretanto, existem outros rituais, pois cada pessoa pode ter rituais diferentes.
Estes quadros (tanto as fobias quanto o TOC) têm tratamentos muito eficazes, baseados em medicações (principalmente os inibidores de recaptação de serotonina, que são a primeira opção) e terapia comportamental ou técnicas comportamental-cognitivas. A melhora costuma ocorrer, em grande parte dos casos, num período de semanas a meses.