Psiquiatria - Perguntas respondidas
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A síndrome do pânico ou "transtorno de pânico" pode ser bem controlada, na maioria das vezes, através de medicações, contanto que a pessoa tome a medicação certa, na dose certa e pelo tempo certo (tratamentos curtos demais aumentam a chance de recaídas).
Entretanto, infelizmente, muitas pessoas precisam tratar-se durante toda a vida pois, quando param o tratamento, o problema volta. Porém, se elas continuarem tomando as medicações, sua qualidade de vida costuma ser muito boa e as medicações são seguras e não causam dependência (com exceção daquelas que têm uma faixa preta na embalagem, que devem ser evitadas, sempre que possível).
Um certo número de pessoas com pânico desenvolve medos muito intensos de lugares cheios de gente ou de lugares fechados, por exemplo. Este tipo de medo (fobia) frequentemente não melhora com os remédios, mas existem excelentes técnicas comportamentais para seu tratamento, que podem acabar com eles no espaço de meses ou mesmo semanas.
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Possivelmente você está com depressão.
 
Mas é difícil responder, assim, sem avaliar todos os sintomas e fazer alguns exames.
 
Por exemplo, falta de ar e enjoos não são fenômenos típicos da depressão e podem ter alguma outra causa. Podem ser causados por ansiedade ou mesmo por algumas doenças físicas.
 
As dores de cabeça também não são sintomas de depressão, apesar de serem mais frequentes em pessoas com depressão.
 
Assim, seria interessante você fazer uma consulta num psiquiatra que tenha bons conhecimentos médicos gerais ou passar antes num médico clínico geral e, se ele não detectar nada, você prossegue o tratamento com um psiquiatra. Alguns clínicos conseguem tratar depressões mas, muitos deles, mesmo reconhecidamente bons, tem dificuldades de acertar doses e tipos de antidepressivos.
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O comportamento que você está descrevendo é muito complexo, com vários sintomas: amnésia (esquecimento), agressividade, inquietação.
O que são as "frases desconcertantes"?
É muito difícil pensar em alguma explicação sem ter mais informações:
Qual a idade da pessoa?
Tudo começou, de repente, há um mês ou já ocorria e somente piorou há um mês.
Esta pessoa tem alguma outra doença?
Enfim, precisaria de mais detalhes, mas o correto mesmo seria levá-lo para uma avaliação com um psiquiatra, que poderia conversar com ele e examiná-lo. Seria importante que ele fosse junto com alguém que conhecesse bem seu histórico e que conviva bastante com ele.
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Ele precisa ser levado a um psiquiatra.
 
Se ele não for, você pode solicitar um atendimento domiciliar.
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Todo psiquiatra deve saber tratar uma esquizofrenia, pois se trata de um dos problemas mais importantes na nossa especialidade.
Primeiramente, deve-se fazer um diagnóstico cuidadoso: algumas vezes, recebemos pacientes com diagnóstico de esquizofrenia e que, na verdade, tem o transtorno bipolar ou uma depressão psicótica, que podem ter tratamentos diferentes.
Quando se faz o diagnóstico com cuidado, o próximo passo é o tratamento e, nesse aspecto, é importante lembrar que as medicações mais antigas para a esquizofrenia (como o haloperidol, a clorpromazina, a periciazina, etc.) são evitados, hoje em dia, por possuírem efeitos colaterais mais graves.
Pode-se conseguir medicações modernas para a esquizofrenia inclusive na rede pública e mesmo pacientes de consultórios particulares têm direito a estas medicações. Basta preencher alguns formulários e levá-los para as farmácias de alto custo.