Psiquiatria - Perguntas respondidas
-
Alterações de comportamento com agressividade intensa podem ter várias origens: podem ser devidas a quadros psiquiátricos como transtorno bipolar, depressões ou mesmo ansiedade grave. Em alguns casos, comportamentos alterados podem provir mesmo de outras doenças do organismo ou do cérebro. Outras vezes, os comportamentos agressivos tem a ver com problemas do casal ou que estejam ocorrendo na vida da pessoa agressiva.
 
Realmente, há necessidade de um psiquiatra para determinar as possíveis causas do comportamento de sua esposa e indicar as melhores soluções.
-
O Rivotril* (clonazepam) é um remédio do grupo dos benzodiazepínicos. Estes remédios levam a prejuízos da memória, principalmente da memória que chamamos de "episódica", ou seja, aquela relacionada a lembrar dos fatos que ocorrem ao longo do tempo. Assim, as pessoas esquecem onde guardam objetos, nomes, o que fizeram no dia anterior. Geralmente, o maior comprometimento é da memória recente: isto é, fatos que ocorreram antes do uso do remédio costumam permanecer na memória.
Além disso, pode haver um tipo de falha de memória que se chama de "amnésia anterógrada", em que a pessoa faz algo logo após tomar a medicação e se esquece do que fez. Este tipo de amnésia é, às vezes, tão grave, que há relatos de pessoas que chegaram a viajar de uma cidade para outra, acordam num hotel e não se lembram de ter saído de casa.
Finalmente, existem estudos que sugerem que, quando usados a longo prazo, os benzodiazepínicos podem levar a deficiências de memória definitivas, que permanecem mesmo depois que a pessoa pára de tomar a medicação.
Assim, hoje em dia, a recomendação de que, quando necessárias, estas medicações sejam usadas apenas por algumas semanas. Geralmente, há opções eficazes e sem efeitos colaterais tão sérios.
A favor dos benzodiazepínicos se pode dizer que sua ação é rápida e os riscos de intoxicação são baixos. Além disso, em algumas doenças, como alguns tipos de epilepsia, trazem vantagens sobre outras medicações.
Mas, como geralmente são usadas no tratamento da ansiedade e da insônia, há opções melhores que, a médio prazo, obtêm os mesmos efeitos.
-
Se se trata de qualquer trânsito, que inclui lugares perigosos, e passou a sentir este trânsito como perigo. Apresenta um quadro ansioso a se investigar: se devido a fobia recém adquirida, ataques de pânico com fator predisponente identificável ou transtorno somatoforme (devendo excluir-se causas orgânicas) por estresse. Facilmente tratável. Procure um Psiquiatra.
-
O seu problema se chama "fobia". Possivelmente, trata-se da acrofobia, um medo de lugares muito altos. O tratamento mais eficiente deste tipo de transtorno são as técnicas comportamentais, que envolvem exercícios em que a pessoa aprende a vencer este medo.
Quanto às crises de pânico, são eventos súbitos em que a pessoa sente muita ansiedade, medo ou angústia (por vezes, sente que vai morrer), associado à falta de ar, tremores, suor, palpitações do coração, tontura, vista turva ou outros sintomas físicos. As crises de pânico podem aparecer durante uma situação da qual a pessoa tem medo, mas também surgem espontaneamente, quando o paciente nem se sente ansioso, com medo. Podem aparecer até durante o sono. As crises de pânico têm um tratamento medicamentoso muito eficiente, geralmente com base em medicações "inibidoras seletivas de recaptação da serotonina" (ISRS), que corrigem as alterações químicas cerebrais relacionadas ao pânico. Elas não causam dependência e, muitas vezes, tratam as crises de pânico em apenas algumas semanas.
Devem ser evitadas medicações "tarja preta", que aliviam os sintomas, mas podem causar dependência física, quedas e problemas de memória.
-
Em primeiro lugar, se ainda não tiver feito, deve passar por uma avaliação com um(a) psiquiatra, para ver se há algum transtorno mais grave, talvez uma depressão ou um transtorno ansioso, que podem requerer tratamento medicamentoso.
Quanto ao comportamento de esquiva, seria necessário analisar como foi sua crise e o que a desencadeou, assim como exatamente que aspectos a amedrontam, quando pensa em voltar ao trabalho. Isto pode ser feito no âmbito de uma psicoterapia "lato sensu" (existem cerca de 300 linhas) ou através de uma análise funcional (técnica de terapeutas comportamentais). A terapia é um processo mais demorado mas, frequentemente, possibilita que a pessoa generalize seu aprendizado e passe a enfrentar melhor outros problemas de sua vida, não apenas aquele para o qual procurou a ajuda.
-
Os sintomas referidos em relação a sua mãe podem ter várias origens, desde doenças clínicas ("físicas") até transtornos psiquiátricos.
 
Infelizmente, há poucas doenças ou transtornos que podem ser tratados sem medicações, porém os remédios, quando usados corretamente, não oferecem maiores riscos. E, com certeza, os efeitos negativos de se tomarem medicações são bem menores do que os riscos que se corre quando não se faz um tratamento.
 
Porém, é necessário fazer uma avaliação com psiquiatra, pois não é possível sugerir tratamentos sem conhecer a pessoa.