Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Deve levá-lo a uma avaliação psiquiátrica com profissional que tenha experiência com jogo. Em alguns casos, pode-se tratar apenas de um comportamento decorrente da depressão, porém muitas vezes se trata, mesmo, de jogo patológico. Quanto à medicação, o Haldol* (haloperidol) é uma medicação pouco usada, atualmente, visto que há opções mais seguras. Também, não é habitualmente usado em tratamento de depressão, a não ser em casos de depressão psicótica (e, como escrevi acima, menos que antigamente). Assim, se não for um caso de depressão psicótica, pode ser que haja algum equívoco no tratamento. Também, o haloperidol não controla comportamento de jogo. A clomipramina é um antidepressivo eficaz, mas é usada apenas quando não houver resposta a antidepressivos mais modernos, com menos efeitos colaterais. Também é eficaz em transtornos ansiosos e no transtorno obsessivo-compulsivo, porém também nesses casos são tentadas medicações, primeiramente, com menos efeitos colaterais. Se houver jogo patológico, não há medicação aprovada no tratamento, sendo a abordagem cognitivo-comportamental a terapia mais comprovada.
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A questão mais relevante é levá-lo para reavaliação. O diagnóstico psiquiátrico é extremamente difícil e deve ser reavaliado de tempos em tempos, especialmente quando o tratamento não está sendo efetivo.
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O transtorno opositor-desafiador não tem tratamento medicamentoso específico e a risperidona não é tratamento de TDAH. O transtorno opositor-desafiador pode ter boa resposta a psicoterapia individual e famíliar e o TDAH pode responder a tratamentos cognitivo-comportamentais específicos e drogas estimulantes, como o metilfenidato e a lisdexanfetamina, entre outros. Procure um(a) profissional que conheça bem os transtornos encontrados em crianças e adolescentes.
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Não há como saber, sem examiná-lo. Em alguns tipos de transtorno bipolar poderiam ocorrer estes sintomas, mas estas manifestações podem ter várias causas e, na maioria dos casos de transtorno bipolar, o humor não se altera rapidamente, mas no decorrer de dias. Consulte um psiquiatra pessoalmente.
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O mais importante é que faça tratamento psiquiátrico. Se sua queixa estiver relacionada à depressão, com o tratamento, o problema provavelmente será resolvido. Porém, mesmo numa pessoa com depressão, não responder a suas perguntas pode ter outra causa, independente da depressão - até porque não responder a perguntas não é sintoma típico de depressão. Converse com o psiquiatra dele.
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O isolamento social e tristeza podem ser sim sintomas de depressão. Importante procurar um psiquiatra pra ele o quanto antes.
São 3 pontos importantes para evitar a "falha" no tratamento da DEPRESSÃO:
1. Tratar a raiz do problema:
Antes de solicitar um procedimento, é necessário que o psiquiatra faça uma minuciosa avaliação. Por exemplo, é preciso avaliar os gatilhos responsáveis por "nutrir/alimentar" a depressão.
2. Se atentar à evolução do tratamento da depressão:
Em vista disso, muitos psiquiatras assim como eu, aderem a prescrever antidepressivos e psicoterapia. São realizadas diversas tentativas com uso de diversos antidepressivos que serão usados para acompanhar a evolução dos sintomas depressivos e daí ver o resultado do tratamento em meses. Como eu sempre costumo dizer: "antidepressivo não é como antibiótico, não tem ação rápida".
3. Entender que existem diversos tratamentos, existem mais de 40 antidepressivos, cada qual para um tipo específico de depressão.
As modalidades de tratamento para depressão apresentam diferentes níveis de potência e modo de ação. Isso explica a diferença na apresentação de resultados, e números de sessões da terapia também são muito importantes. O uso de antidepressivos deve caminhar junto com a psicoterapia. Falando em caminhada, fazer atividade física regular ajuda muito a melhorar a disposição do paciente.
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Há vários motivos para pessoas com transtorno bipolar não estarem estabilizadas: tratamento errado; tratamento ainda não ter tido tempo para fazer efeito; ainda não ter sido encontrado o melhor tratamento/a melhor medicação (ou, geralmente, combinação de medicações ou de medicações com procedimentos não medicamentosos) para manter a estabilidade ou casos refratários ao tratamento (felizmente, esta última possibilidade é mais rara, porém pode ocorrer, como em qualquer especialidade médica). Finalmente, a não-adesão correta dos pacientes também pode interferir: algumas pessoas interrompem o tratamento, em alguns momentos, ou tomam doses erradas (por exemplo, por medo de "excesso" de medicações ou aversão a efeitos colaterais).