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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Dr. minha irmã está com insônia, ouve vozes, diz que as pessoas estão falando dela e sente muito medo. Minha mãe foi quem apresentou primeiro os mesmos sintomas, e os meus tios têm distúrbios mentais. Isso é paranoia? Há cura? O que eu faço com ela?
  • Trata-se de um quadro psicótico, a melhor conduta seria medicação antipsicótica e psicoterapia após estabilização do quadro. Fatores genéticos e hereditariedade são fatores importantes para se considerar. Um abraço!

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • A insônia é um problema que acompanha muitos quadros psiquiátricos.

    Pessoas que ouvem vozes e dizem que estão falando dela, além de apresentarem muito medo, podem estar com uma série de transtornos psiquiátricos e é impossível dizer qual deles é, exatamente, sem ver e conversar com a pessoa e os informantes.

    Em princípio, se ela ouve vozes, não deve ser um quadro de paranoia, pois nos quadros chamados de paranoia ou transtorno delirante, as pessoas não alucinam vozes ou, se isto ocorrer, é de um modo muito reduzido e insignificante.

    Os quadros mais comuns que causariam estes sintomas seriam a esquizofrenia, o transtorno esquizo-afetivo na fase depressiva e o transtorno bipolar, numa fase depressiva psicótica.

    O fato de haver tantas pessoas com "distúrbios mentais" faz pensar um pouco mais no transtorno bipolar, que mais caracteristicamente se desenvolve em famílias. Entretanto, sem conhecer o caso e sem ter detalhes, inclusive, dos "distúrbios mentais" dos outros membros, não é possível dizer isto com certeza.

    Estes quadros não têm uma cura propriamente dita, pois cura, em medicina, significa que a pessoa faria um tratamento por algum tempo e, depois, não mais precisaria tratar-se. Nos casos destes transtornos psiquiátricos, o que existe é a possibilidade de controle ou seja, de a pessoa fazer um tratamento, geralmente durante toda a vida e não ter mais recaídas. Grande parte das pessoas tratadas consegue levar uma vida totalmente normal.

    Ela deve ser levada, sem nenhuma dúvida, para uma avaliação psiquiátrica. O ideal é que ela concorde mas, se o caso for grave e ela não aceitar, poderia se começar levando-a para avaliação mesmo contra sua vontade. Frequentemente o psiquiatra consegue convencer a pessoa a tratar-se. Em casos muito graves, entretanto, pode haver necessidade de uma internação (geralmente por alguns dias ou, no máximo, algumas semanas).

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Qual o tratamento para psoríase em que o paciente apresenta quadro de depressão e erupções palmares? Porém o paciente acredita não ter depressão, mas se considera um fracasso na vida?
  • Quadros depressivos e ansiosos podem desencadear ou agravar problemas dermatológicos. O tratamento depende do diagnóstico; se é depressão bipolar ou não, com ou sem ansiedade. Na medida em que ele melhorar dos sintomas psiquiátricos, haverá melhora dos problemas dermatológicos. Mesmo que ele não entenda ter depressão, o objetivo é compreender seu sofrimento e oferecer ajuda para aliviar os sintomas que mais o incomodam.

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     Alessandra Sanches Gonzales
    Alessandra Sanches Gonzales
    Psiquiatria
    Santo André / SP
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  • Psoríase está muito associada a quadros de depressão e ansiedade. Uma consulta com psiquiatra vai esclarecer dúvidas e ver a necessidade de medicação ansiolítica e/ou antidepressiva.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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A pessoa apresenta quadro de alucinação e delírios, com sudorese, está com privação de sono, pois não está conseguindo dormir e, se dorme, é muito pouco pois vozes não deixam dormir.
  • O diagnóstico e o tratamento dependem de uma série de fatores.

    Se for uma pessoa idosa, doente ou o quadro tiver aparecido de forma muito rápida (horas ou dias), deve-se suspeitar de uma causa como infecções, tumores cerebrais, AVC, alterações hormonais, infecções ou tumores em outras partes do corpo (tumores intestinais e pulmonares, por exemplo, podem levar a alterações psiquiátricas). O tratamento vai depender da causa e, enquanto não se trata a causa, podem ser usadas algumas medicações denominadas de "antipsicóticas", pois combatem os sintomas psicóticos. O tipo de medicação escolhida vai depender, também, da idade e da suposta causa.

    Se o quadro tiver tido um aparecimento mais lento (por exemplo, ao longo de algumas semanas ou meses) e for em pessoas mais jovens (basicamente, abaixo dos 40 anos), possivelmente se trata de um transtorno psicótico propriamente dito (por exemplo, esquizofrenia, transtorno esquizo-afetivo, transtorno bipolar psicótico, depressão psicótica). O tratamento é feito com antipsicóticos, na fase aguda e, após a melhora dos sintomas descritos, por vezes há necessidade de terapia comportamental e ocupacional para a ressocialização e readaptação da pessoa. Restaria explicar a causa da sudorese ("exagero" de quem percebeu? Remédios? Calor?).

    Outra causa, independente de idade, é o uso de drogas, desde medicamentos, até drogas de abuso que, potencialmente, podem causar ou pelo menos desencadear quadros psicóticos. Nestes casos, o tratamento envolve a abstinência e a psicoterapia para prevenir recaídas. Dependendo da droga (por exemplo, no caso do álcool e da heroína), a retirada precisa ser acompanhada pelo médico, pois pode trazer riscos imediatos, se for feita "a seco", pelo próprio paciente ou a família.

    Finalmente, poderia tratar-se de um quadro com sintomas de delirium tremens, que aparece principalmente depois da retirada abrupta do álcool em pessoas que abusam desta droga. Além do obrigatório acompanhamento médico, devem ser usados remédios do grupo dos benzodiazepínicos.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • A hipótese diagnóstica principal seria um quadro psicótico e o melhor tratamento seria buscar ajuda psiquiátrica para melhor avaliação e conduta. Após estabilização do quadro psicótico, psicoterapia também ajudará bastante.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Doutor, tenho uma pessoa na família que passou por um tratamento de câncer de tireoide com remoção total da glândula. Agora, de uma semana para cá, está apresentado o seguinte quadro: diz que pessoas a estão perseguindo ou tentado matá-la e está ouvindo v
  • Parece um quadro psicótico associado a um quadro orgânico, procure um psiquiatra e um bom endocrinologista para melhor controle do caso. Abraço!

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • A pergunta está incompleta.

    Imagino que, no final, você ia escrever "ouvindo vozes".

    No caso, a pessoa está com o que se chama de uma síndrome delirante-alucinatória. "Delirante", em função do delírio de estar sendo perseguida. "Alucinatória", em função das vozes irreais que ouve.

     

    As causas das síndromes delirantes-alucinatórias são várias, sendo a mais conhecida a esquizofrenia.

     

    Entretanto, outras possíveis causas são o transtorno esquizo-afetivo, a depressão psicótica e o transtorno bipolar psicótico.

     

    Finalmente, deve-se pensar na hipótese de que uma pessoa que teve um câncer na tireoide e teve sua glândula removida possa estar tendo um problema decorrente deste processo.

     

    Tumores de tireoide nem sempre têm metástases (isto é, tumores que surgem a distância, derivados do tumor original), mas a literatura a respeito diz que podem ocorrer no cérebro, sim. Além disso, falta ou excesso de hormônios tireoidianos decorrentes do tratamento podem levar a alterações psiquiátricas, também. Finalmente, se a pessoa estiver fazendo algum tratamento adicional, ele também pode estar causando sintomas.

     

    Assim, primeiramente, você deve reconduzir seu(sua) parente ao profissional que tratou do câncer. Se ele disser que o quadro não tem nenhuma relação com o tumor ou seu tratamento, você deve ir a um psiquiatra.

     

    É importante lembrar que tanto a esquizofrenia quanto os outros transtornos psiquiátricos comentados acima aparecem principalmente em pessoas jovens. Assim, se seu(sua) parente tiver mais de 40 anos, a probabilidade de se tratar de uma causa mais claramente física é maior.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Boa noite Dr. Fui orientado a tomar pondera, diazepam, risperidona e oxcarbazepina, tenho transtorno do pânico mas adoro sair e passear e lidar com pessoas, pois sou muito comunicativo, acho que é remedio demais. Me dê uma luz pois não estou querendo toma
  • Bom dia!

    O Pondera* (paroxetina) é uma medicação frequentemente usada no transtorno do pânico e costuma ser muito eficaz, nas doses de 20 a 60 mg por dia.

    O diazepam é um tranquilizante desenvolvido na década de 60 e, apesar de acalmar rapidamente, pode causar dependência e problemas de memória e seu uso é evitado, a longo prazo. Normalmente, seu uso deve ser de apenas algumas semanas, a não ser em casos muito graves.

    A risperidona pode ser usada, eventualmente, para aumentar o efeito da paroxetina, mas não antes de tentar uma dose alta de paroxetina (60 mg). Caso contrário, o uso da risperidona só é justificado se você tiver algum outro problema além do pânico, pois ela NÃO é uma medicação de primeira opção para o pânico.

    A oxcarbazepina não tem usos específicos em psiquiatria e não costuma ser usada no pânico.

    Logicamente, trata-se de orientações gerais, pois não conheço seu caso particular e pode haver algumas variações de pessoa para pessoa. Mas as informações acima são válidas para a imensa maioria de casos de transtorno de pânico.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
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  • Sim, concordo, é bastante remédio. Procure seu psiquiatra ou outro da sua confiança para otimizar seu tratamento. Abraço forte!

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Atenção: as informações contidas nesta página não visam substituir as orientações do seu médico. Sua pergunta será encaminhada aos especialistas do catalogo.med.br, não sendo obrigatoriamente respondida pelos profissionais listados acima.