Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Sua mãe está com comportamentos psicóticos, ou seja, incompatíveis com a realidade.
Estes comportamentos podem ter muitas causas, dependendo, inclusive, da idade dela. Alguns exemplos:
- fase maníaca de transtorno bipolar;
- fase maníaca de transtorno esquizoafetivo;
- esquizofrenia;
- quadros de demência como, por exemplo, Doença de Alzheimer;
- quadros cerebrais como acidentes vasculares e tumores;
- alterações glandulares e hormonais;
- tumores em outras partes do organismo, sem ser o cérebro;
São apenas alguns exemplos. Ela requer uma avaliação psiquiátrica.
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A avaliação presencial é essencial pois diversas patologias, como diferentes tipos de ansiedades e transtorno bipolar, por exemplo, podem explicar estes sintomas. Converse com ele em um momento tranquilo, explique suas preocupações e mostre que esta conversa não tem como objetivo estigmatizá-lo e sim ajudá-lo a estar melhor com ele, com você e com as outras pessoas do convívio de vocês! Isso pode ajudar a vencer eventuais resistências dele a buscar e aceitar o tratamento!
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Você deve procurar um psiquiatra.
O tratamento do TOC envolve medicações e terapia comportamental ou comportamental-cognitiva. Este tipo de terapia deve ser feito por profissionais experientes, pois exige técnicas específicas. Tais profissionais podem ser alguns psiquiatras ou mesmo psicólogos.
Porém, de qualquer modo, passar por uma consulta psiquiátrica permite que o médico verifique o diagnóstico adequadamente pois, muitas vezes, a pessoa pode ter outros quadros associados, como depressão ou outros sintomas de ansiedade.
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Atualmente, preferem-se os antipsicóticos de nova geração (na verdade, nem tão novos, pois a clozapina data da década de sessenta): risperidona, olanzapina, paliperidona, ziprasidona, aripiprazol, quetiapina e clozapina. Existem evidências de que a clozapina seja especialmente eficaz mas, como tem efeitos colaterais às vezes mais perigosos que os outros, seu uso geralmente só ocorre quando dois dos outros antipsicóticos já foram usados e não deram bons resultados ou levaram a muitos efeitos colaterais.
No tratamento prolongado, hoje em dia, evita-se ao máximo as medicações mais antigas, como o haloperidol, a clorpromazina, a periciazina, a levomepromazina, a flufenazina, a trifluoperazina, etc., pois existem evidências que, principalmente a longo prazo, tem maiores probabilidades de causarem alguns efeitos colaterais, principalmente a discinesia tardia. Este efeito colateral, que aparece geralmente após anos de uso, envolve movimentos involuntários na região da face e, por vezes, até de braços ou pernas, sendo seu tratamento bastante difícil e incompleto.
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O transtorno bipolar deve ser tratado por um psiquiatra. Deve-se procurar alguém que tenha prática e consiga desenvolver um bom relacionamento com ele e, aos poucos, fazê-lo aceitar o tratamento.
 
Os motivos para a não-aceitação do tratamento são vários, desde desconhecimento dos sintomas até a dificuldade de ver-se como alguém "doente".
 
Infelizmente, não é tão raro se ver pessoas com TAB que não querem se tratar ou que, depois de algum tempo, interrompem o tratamento. Isto é muito grave pois, durante a fase de aceleração, a pessoa pode envolver-se em muitos problemas concretos como gastos excessivos, promiscuidade sexual, agressões; na fase de depressão, além do desânimo, da dificuldade ou mesmo incapacidade de desempenhar suas obrigações, a pessoa corre riscos de suicídio. Além disso, existem evidências de que muitas recaídas podem levar a lesões no cérebro, ao longo dos anos.
 
Deve-se insistir no tratamento e, nas fases mais graves, pensar até na possibilidade de uma internação, por algumas semanas.