Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Psiquiatras não são apenas para pessoas "loucas", como muitos acham.
Realmente, seria interessante procurar um psiquiatra. Conversando com ele, você poderá encontrar as melhores soluções para seu problema. Se ele tiver conhecimentos de psicoterapia, poderá, inclusive, orientá-la sobre a melhor forma de agir em relação a sua nora.
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Ele precisa ser avaliado por um psiquiatra. Pode ter várias origens, o problema: pode ser parte de um transtorno de déficit de atenção/hiperatividade, pode ser consequência de um quadro ansioso, pode ser início de um quadro de transtorno de conduta.
 
Fundamental, também, é analisar o contexto e o relacionamento dele com os pais, os amiguinhos, a família.
 
Somente assim é possível orientar a família sobre a melhor conduta.
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Crises de ansiedade podem aparecer em várias formas, mas as mais comuns são picos que ocorrem em pessoas previamente ansiosas e as crises de pânico, que podem aparecer em momentos que a pessoa esteja se sentindo calma e tranquila.
Ambas costumam apresentar uma sensação subjetiva de ansiedade, angústia ou medo e, juntamente, uma série de sintomas físicos como tremores, suor, vontade de urinar ou evacuar, sensações de tontura, sensações desagradáveis na região abdominal, vista turva, sensação de falta de ar, palpitações cardíacas.
Ela deve ser avaliada por um psiquiatra, para saber se há necessidade de tratamento.
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O transtorno bipolar se caracteriza por fases em que a pessoa passa dias ou semanas deprimida ou excessivamente alegre, eufórica ou irritada. Este segundo tipo de fase é denominado de fase "maníaca" e, além dos sintomas de humor a pessoa com frequência se sente muito capaz, mesmo poderosa e isto a leva a iniciar projetos ambiciosos, fazer compras excessivas, engajar-se em atividades comerciais e interpessoais de risco. Frequentemente, o desejo sexual aumenta e a necessidade de sono diminui; muitas vezes, a pessoa faz as coisas rápido demais e começa novas coisas antes de terminar a primeira (por exemplo, começa a lavar louças, não termina e vai fazer um trabalho no computador; antes de terminar, vai ler um livro e, logo em seguida, vai assistir à TV). A pessoa pode falar rápido demais, o que chega, por vezes, a fazer com que "perca o fio da meada". O próprio indivíduo pode sentir que seus pensamentos vêm tão rápido que não os consegue acompanhar. Em casos extremos, a pessoa perde a noção da realidade e se acredita mesmo em um Deus ou Jesus Cristo.
Em alguns casos, que se chamam "mistos", as fases podem ocorrer ao mesmo tempo ou se alternar num mesmo dia.
O transtorno bipolar é um quadro que jamais deve ser "diagnosticado" por pessoas leigas, pois não é um problema de mudar muito de humor, simplesmente. É extremamente frequente que pessoas leigas refiram-se a si mesmas ou a outras pessoas como "bipolares", pois "cada hora está de um jeito". Com isto, muitas vezes confundem com o transtorno bipolar oscilações de humor normais e decorrentes de outros fatores que não a bipolaridade.
Se houver suspeita de bipolaridade, deve-se procurar um psiquiatra.
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Psicoterapia (os estudos conseguem medir melhor os resultados com terapias cognitivo-comportamentais, apesar de haver algumas evidências em outros tipos de psicoterapias). Se houver prejuízo importante na vida acadêmica, de trabalho e ou social, é importante procurar um psiquiatra para avaliar a necessidade do uso um medicamento.
Os sintomas mais importantes de pânico são crises de sudorese (suor excessivo, tremores), ansiedade importante e sensação de morte iminente.
O uso de antidepressivos pode ser muito benéfico, ao melhor critério do psiquiatra e do paciente.
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A síndrome do pânico só é diagnosticada quando a pessoa tem crises de pânico com uma certa frequência e que já estejam presentes há um período de várias semanas. Além disso, pessoas leigas frequentemente chamam de "pânico" situações de medo ou angústia muito grandes e que não tem relação direta com o transtorno de pânico.
 
O pânico pode ser tratado com técnicas de terapia comportamental, comportamental-cognitiva ou um tipo de terapia chamado de ACT.
 
Entretanto, medicações como a fluoxetina, a sertralina, a paroxetina e a clomipramina costumam trazer resultados excelentes em prazos relativamente curtos (às vezes, as pessoas ficam controladas após um período de poucas semanas). Estas medicações não causam dependência e não trazem efeitos colaterais perigosos, na imensa maioria das pessoas.
 
Pode-se usar, por um período curto de tempo (semanas) medicações como o alprazolam. Estas medicações trazem um alívio muito rápido, porém podem causar dependência e problemas de memória. Por estes motivos, devem ser reservadas apenas para os casos mais graves.