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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Minha psicóloga fechou o meu caso, diagnosticando como Síndrome de Borderline. Existe um profissional em psiquiatria que seja especialista nesta doença, já que a mesma é considerada grave?
  • Por vezes, o conceito que os psicólogos usam de transtorno borderline é diferente daquele dos psiquiatras, apesar de que, hoje em dia, a tendência é esta diferença desaparecer.

    Na psicologia psicodinâmica, a pessoa borderline é alguém que tem características intermediárias entre o neurótico e o psicótico.

    Na psiquiatra, a pessoa borderline se caracteriza pela sua grande instabilidade, em várias áreas: emocional, profissional, afetiva, eventualmente até sexual. Assim, são pessoas que oscilam, frequentemente, entre paixões e tédio; entre uma enorme motivação para uma atividade que, depois, se desfaz (levando a pessoa, muitas vezes, a fazer vários cursos, iniciar várias faculdades e trabalhar em vários empregos e profissões).

    Este tipo de conduta, com frequência, leva a um baixo grau de sucesso na vida profissional e afetiva.

    Frequentemente, as pessoas borderline se queixam de uma grande sensação de vazio.

    As chances de pessoas borderline usarem drogas, terem excesso de impulso sexual e mesmo outros problemas psiquiátricos é maior.

    Em geral, as pessoas borderline são tratadas com medicações e psicoterapia. As medicações podem ser de vários tipos, para diminuir ansiedade, sintomas depressivos, ajudar a controlar o uso de algumas drogas ou diminuir os comportamentos muito impulsivos.

    É possível que pelo menos uma parte das pessoas que recebem este diagnóstico são, na verdade, portadores de transtorno bipolar e já vi vários casos que tiveram excelente melhora com estabilizadores de humor.

    Em princípio, todo psiquiatra deve saber tratar deste tipo de problema.

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    • Dr. Marcio Candiani
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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • Concordo plenamente com o colega Dr. Ivan. Muitos pacientes com "transtorno borderline" apresentam algum problema psiquiátrico de base como transtorno depressivo, bipolar, distimia ou outro, associados ou não a algum transtorno de personalidade. Na prática, isso significa que pode haver melhora do quadro com algum medicamento específico para o problema psiquiátrico, uma vez que não há um "medicamento para tratar pessoas borderlines".

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    Dr. Marcio Candiani
    Dr. Marcio Candiani
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância E Adolescência
    Belo Horizonte / MG
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  • A princípio todo psiquiatra tem formação geral, consegue ser especializado nisso. Fica tranquila, caso o psiquiatra não seja capaz de te tratar ele vai falar que não é capaz disso. Um abraço e boa sorte.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Minha esposa estava em tratamento com o médico psiquiatra e o mesmo informa que ela tem três CIDs. Depressão pós-parto, Distúrbio de Ansiedade, Síndrome do Pânico. Pergunto: quais são os sintomas das doenças citadas?
  • Depressão: tristeza, desânimo, pessimismo, insônia ou excesso de sono, dificuldades de concentração, sensação de que não consegue ter prazer naquelas coisas que antigamente davam prazer, aumento excessivo ou diminuição do apetite, diminuição do desejo sexual, por vezes podem ocorrer ideias de que não vale a pena viver ("seria melhor Deus me levar") ou mesmo ideias de suicídio.

    Ansiedade: sensação de ansiedade ou angústia percebida a pela própria pessoa, na maior parte do tempo; preocupações excessivas, sintomas físicos como suores, palpitações no peito, falta de ar, tremores, vontade frequente de urinar ou evacuar, sensação de aperto no peito ou de desconforto na região do estômago. Medo excessivo de problemas futuros (econômicos, de saúde) até fantasias persistentes de que possam ocorrer tragédias. Dificuldades de concentração, insônia. O distúrbio deve ser suficientemente grave para interferir no bem-estar na vida cotidiana da pessoa.

    Pânico: crises frequentes e súbitas de mal-estar com angústia ou medo intensos (por vezes, a pessoa sente que vai morrer), acompanhado de sintomas semelhantes aos descritos para a ansiedade, acima (na verdade, o pânico é considerado um tipo de transtorno de ansiedade). As crises podem ocorrer espontaneamente ou em determinadas situações, como estar no meio de muita gente, em lugares fechados ou longe de casa.

    Nem todos os sintomas precisam estar presentes para que se possa fazer o diagnóstico. O psiquiatra sabe, pelo número de sintomas e o tempo que ocorrem, se o diagnóstico pode ser feito ou não.

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    • Dr. Marcio Candiani
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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • Depressão pós-parto=tristeza, desânimo, melancolia, vontade de morrer ou de matar o(a) filho(a), alteração do sono e apetite, indisposição, crises de choro, queda da libido, disfunção sexual, diminuição de energia, fadiga, vive pensando nos sofrimentos do passado com culpa excessiva.
    Transtorno do Pânico=crises intermitentes e agudas (duração 5-10 minutos) de taquicardia, angústia, ansiedade passageira, dor no peito sem causa cardíaca, falta de ar, palpitação, fechamento da garganta, sensação de iminência de morte.
    Distúrbio de ansiedade=transtorno ansioso, pessoa que está sempre agitada, inquieta, sofre por antecipação, rói unhas, tem pensamentos perseverantes de preocupação com o futuro.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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Minha esposa está com Depressão pós-parto, Síndrome do Pânico, Distúrbio de ansiedade, já tenho um Laudo médico. Em outro estado precisamos continuar o tratamento e procurar outro médico?
  • O tratamento destes problemas é muito longo e o acompanhamento médico também (de preferência, por psiquiatra).

     

    O ideal é que, se o tratamento estiver dando certo, continue sempre com o mesmo psiquiatra, que já conhece sua esposa. Talvez possa combinar com ele de fazer retornos esporádicos, em seu estado.

     

    Caso isto seja impossível, procure sem falta um psiquiatra no novo estado, para que sua esposa possa ser acompanhada pelo tempo necessário. Infelizmente, é frequente que pessoas que melhoraram parem o tratamento e piorem novamente, em semanas ou meses.

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    • Dr. Marcio Candiani
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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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  • O tratamento de depressão e ansiedade com medicamentos não deve ser menor do que 18 meses após a melhora do quadro psiquiátrico.
    Por isso, se não for possível atendimento com o médico do seu estado, é fundamental continuar em outro estado, uma vez que cada médico só pode atuar (atender, diagnosticar, solicitar exames ou prescrever medicamentos no estado em que estiver cadastrado).
    O Conselho regional de Medicina permite que um médico esteja apto a atender em apenas em 2 estados.
    Ou seja, a receita de seu médico serve apenas no estado onde ele trabalha. (Muitos clientes passam algum aperto, ao tentar comprar medicamentos na praia ou em outras viagens de férias).

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    Dr. Marcio Candiani
    Dr. Marcio Candiani
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância E Adolescência
    Belo Horizonte / MG
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  • Sim, procure um novo psiquiatra na cidade onde vocês morarão. Peça um laudo para o médico anterior, vai ajudar a dar continuidade no tratamento e seguimento.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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    São Paulo / SP
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TEM QUE TRATAR COM PSIQUIATRA PARA SAIR DAS DROGAS?
  • Sempre se deve fazer uma avaliação inicial com psiquiatra, pois o psiquiatra é médico e verificará se, ao lado do problema das drogas, a pessoa tem uma depressão ou outro quadro que pode ser uma das causas do problema ou dificultar seu tratamento. Nestes casos, o problema pode, às vezes, ser tratado com medicações, o que facilita a pessoa a tratar do abuso de drogas.

    Além disso, alguns tipos de drogas, como o álcool, a heroína e o tabagismo podem ser tratados, em parte, com medicações: os remédios não acabam com o problema, mas facilitam muito seu tratamento. Mesmo nos casos da cocaína e da maconha, apesar de não existirem tratamentos definitivamente comprovados, em ALGUNS CASOS vale a pena tentar algum remédio (por exemplo, bupropiona da cocaína e acetil-cisteína na maconha).

    Após a avaliação com psiquiatra e depois de se discutir as vantagens e desvantagens de se usar remédios, o tratamento pode ser continuado tanto com um psiquiatra especialista em drogas ou um psicólogo (profissional que não é médico), também experiente com drogas.

    O tratamento do uso de drogas é prolongado e, antes que a pessoa pare definitivamente de usar, é frequente que tenha recaídas. Mas, vale a pena persistir porque, quanto mais tempo a pessoa se tratar, maiores são as chances de se livrar definitivamente do problema e, mesmo antes que isto ocorra, a tendência é do uso ir diminuindo e as recaídas serem menos frequentes e menos graves.

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    • Dr. Marcio Candiani
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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • É fundamental o acompanhamento de um médico durante o tratamento. Idealmente um psiquiatra

    No período inicial, de abstinência (quando há redução da dose ou retirada da droga), pode haver sinais e sintomas graves como tremor, sudorese, alucinações e até crises convulsivas que podem colocar o paciente em risco - no caso de alcoolismo, cocaína, crack e outros.

    Em muitos casos é preciso uma breve internação clínica (ou psiquiátrica) para a retirada inicial da medicação.
    Para redução de danos e manutenção da abstinência pode ser necessária uma internação mais prolongada.

    Como disse o colega, Dr. Ivan, é muito comum a associação de depressão, ansiedade, transtorno bipolar e esquizofrenia em pacientes com dependência química.

    As drogas entram para aliviar o sofrimento, mas agravam os sintomas a médio prazo: o uso agudo do álcool reduz a tristeza e a ansiedade, por exemplo, mas seu uso crônico pode levar a depressão a quadros muito graves.

    Além disso, drogas lícitas (cigarro, álcool) ou ilícitas (cocaína, crack, maconha, heroína) podem provocar e agravar transtornos mentais como depressão, ansiedade, transtorno bipolar e esquizofrenia.

    Geralmente, pacientes com problemas psiquiátricos apresentam mais doenças clínicas (pressão alta, doenças do coração, enxaqueca, etc) e uso de drogas.

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    Dr. Marcio Candiani
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  • Sim, além de fazer acompanhamento com psicólogo, TO, Fono, etc. Um CAPS_AD pode ajudar bastante nestes casos.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
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TENHO DOR NAS COSTAS E ENFISEMA. TENHO ACOMPANHAMENTO MÉDICO E NUNCA CONSEGUI MELHORAR, MAS ANTES DE TUDO QUANDO TRABALHAVA TIVE FALTA DE AR E FIQUEI MEIO DURO, FUI AO HOSPITAL E ME APLICARAM DIAZEPAN. MELHOREI NA HORA E FOI O MELHOR REMÉDIO.
  • Não fica claro pela sua pergunta qual o problema sobre o qual quer orientação: dor nas costas, falta de ar ou algum outro que você esqueceu de citar.

     

    Ficou duro como? Suas costas endureceram?

     

    O que se pode dizer, com certeza, que uma aplicação de diazepam pode não fazer mal, mas uma pessoa com enfisema e falta de ar nunca deve tomar diazepam por períodos prolongados, pois um dos seus efeitos é piorar a oxigenação do sangue, principalmente se a pessoa estiver dormindo sob seus efeitos. Além disso, pelo tipo de problemas que você apresenta, possivelmente não é uma pessoa tão jovem e, nestes casos, o diazepam pode levar a pessoa a ter quedas.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • A falta de ar pode ser também sintoma de ansiedade. Procure um(a) psiquiatra para avaliação e melhor conduta.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Atenção: as informações contidas nesta página não visam substituir as orientações do seu médico. Sua pergunta será encaminhada aos especialistas do catalogo.med.br, não sendo obrigatoriamente respondida pelos profissionais listados acima.