Qual o tratamento para tricofagia?
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A tricofagia é o ato de comer cabelos ou pelos. Geralmente (mas nem sempre) está associada à tricotilomania ou seja, um impulso quase irresistível que a pessoa tem de arrancar cabelos ou pelos.
Uma das consequências da tricofagia é que se podem formar, no estômago ou no intestino, verdadeiras bolas de pelos, chamadas de bezoares. Os bezoares podem levar a quadros de dor abdominal que requerem procedimentos endoscópicos ou mesmo cirúrgicos.
O tratamento da tricotilomania e da tricofagia geralmente se baseia em técnicas comportamentais: procura-se determinar quais são as situações em que a pessoa mais sente necessidade de arrancar cabelos: por exemplo, eventos estressantes, tédio, cansaço, etc. Faz-se uma análise de como prevenir algumas destas situações de risco e, também, procura-se fazer com que a pessoa adote comportamentos alternativos, quando não for possível preveni-las. Por exemplo, uma técnica simples envolve o uso de "brinquedos" peludos e a pessoa manipula estes objetos ao invés de manipular seus próprios cabelos.
Usam-se, também, algumas técnicas aversivas como, por exemplo, combinar com a pessoa que não esconda as clareiras que deixa em seu cabelo ou que recolha e junte os fios de cabelos que arranca, de modo a encarar o prejuízo que está causando para si mesma.
Existem alguns remédios que estão sendo estudados para a tricotilomania, porém ainda estão em estágio experimental: a olanzapina (um antipsicótico), a N-acetilcisteína (usada para tornar o muco mais fluido) e a dronabinol (um derivado da maconha).
Pessoalmente, tive alguns resultados positivos após o uso do topiramato, mas é importante que se saiba que não é um tratamento comprovado.