Psiquiatria - Perguntas respondidas
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As dores de cabeça podem ser causadas pela ansiedade, pelo fato de esta levar a contrações musculares na região da cabeça, pescoço ou ombros; a ansiedade pode também desencadear uma enxaqueca, que é uma dor de cabeça de características pulsáteis (ou seja, a pessoa sente a cabeça latejando).
Se você sente sono o dia inteiro, é possível que, apesar de achar que dormiu bem, esteja ocorrendo algo anormal durante seu sono: por exemplo, pessoas que possuem obstruções respiratórias, muitas vezes têm episódios de sono superficial, durante a noite, e que não são percebidas. Isto pode levar à sonolência diurna. Este tipo de alteração pode ser detectada num exame chamado de polissonografia, que é feito durante uma noite inteira e detecta o ritmo cardíaco, a oxigenação do sangue, os movimentos dos olhos, a contração dos músculos e as ondas da atividade cerebral. A ansiedade também pode tornar o sono menos recuperador.
De toda forma, você deve fazer uma avaliação psiquiátrica e tratar a ansiedade. Se, por acaso, a dor de cabeça tiver outra origem, talvez o psiquiatra faça um encaminhamento para um neurologista. Da mesma forma se, na avaliação, houver uma suspeita de que sua insônia não resulta diretamente da ansiedade, o psiquiatra fará um encaminhamento para um especialista em sono. -
É muito comum, em pessoas com traços de personalidade ansiosa, como parece ser o seu caso, que em algum momento da vida, principalmente associado à uma situação de estresse, esse quadro evolua para um transtorno de ansiedade pleno, com preocupação excessiva, insônia, tensão muscular e outros sintomas físicos (cefaleia, palpitações, tremores, dor de estômago, entre outros). Procure um psiquiatra para que ele possa avaliar a melhor maneira de lhe ajudar com estes sintomas!
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O psiquiatra é o profissional que tem o treinamento mais específico para avaliar os transtornos do humor, então no caso do seu marido seria sim o melhor indicado!
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As pessoas podem ter alterações de humor frequentes por vários motivos: é possível que ele esteja apenas passando por situações estressantes que o deixem, por vezes, mais irritado ou triste. Por outro lado, uma série de quadros psiquiátricos, que vão da depressão e da ansiedade grave até o transtorno bipolar e a doença de Alzheimer podem levar a oscilações frequentes do humor.
Assim, deve ser feita uma avaliação psiquiátrica para que se saiba qual a possível causa das oscilações.
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A frustração do término de um relacionamento pode gerar raiva que, em casos extremos, pode chegar ao ponto do ódio. Isto é humanamente compreensível.
O maior problema é se as ideias saírem do campo da fantasia e se transformarem em planos homicidas, o que geralmente não ocorre.
Entretanto, independente de você executar suas fantasias ou não, este tipo de pensamentos lhe deve trazer muito sofrimento, o que é um problema por si só.
Assim, você deve procurar um psiquiatra, para avaliar seu quadro. Por vezes, este tipo de situação desencadeia quadros depressivos ou ansiedade grave, que melhoram com medicação. Nestes casos, pode acontecer que este ódio melhore, com o tratamento, pois pessoas deprimidas ou excessivamente ansiosas frequentemente se irritam com mais facilidade.
Muito importante você fazer uma psicoterapia, de modo que possa entender melhor o que ocorre com você e seu próprio funcionamento, além de ter uma maior compreensão de como você se relaciona com o mundo. Isto possibilitará que, no futuro, você lide melhor com seus namoros e um eventual rompimento deles.
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Você está com um quadro de fobia. O mais provável é que seja uma agorafobia, que é um medo excessivo de lugares com muita gente. Pode ser, também, uma fobia social, se é um medo excessivo de ser observado(a) e julgado(a) ou de passar vergonha.
 
Os tratamentos para estes quadros costumam ser muito eficazes e geralmente se baseiam em exercícios comportamentais que ajudam a pessoa, aos poucos, a enfrentar seus medos.
 
Tente chamar alguém para acompanhá-lo(a) ao médico. Às vezes, isto facilita. Caso mesmo isto lhe esteja sendo impossível, procure alguém que faça atendimentos a domicílio.
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A tricofagia é o ato de comer cabelos ou pelos. Geralmente (mas nem sempre) está associada à tricotilomania ou seja, um impulso quase irresistível que a pessoa tem de arrancar cabelos ou pelos.
Uma das consequências da tricofagia é que se podem formar, no estômago ou no intestino, verdadeiras bolas de pelos, chamadas de bezoares. Os bezoares podem levar a quadros de dor abdominal que requerem procedimentos endoscópicos ou mesmo cirúrgicos.
O tratamento da tricotilomania e da tricofagia geralmente se baseia em técnicas comportamentais: procura-se determinar quais são as situações em que a pessoa mais sente necessidade de arrancar cabelos: por exemplo, eventos estressantes, tédio, cansaço, etc. Faz-se uma análise de como prevenir algumas destas situações de risco e, também, procura-se fazer com que a pessoa adote comportamentos alternativos, quando não for possível preveni-las. Por exemplo, uma técnica simples envolve o uso de "brinquedos" peludos e a pessoa manipula estes objetos ao invés de manipular seus próprios cabelos.
Usam-se, também, algumas técnicas aversivas como, por exemplo, combinar com a pessoa que não esconda as clareiras que deixa em seu cabelo ou que recolha e junte os fios de cabelos que arranca, de modo a encarar o prejuízo que está causando para si mesma.
Existem alguns remédios que estão sendo estudados para a tricotilomania, porém ainda estão em estágio experimental: a olanzapina (um antipsicótico), a N-acetilcisteína (usada para tornar o muco mais fluido) e a dronabinol (um derivado da maconha).
Pessoalmente, tive alguns resultados positivos após o uso do topiramato, mas é importante que se saiba que não é um tratamento comprovado.