Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Primeiramente, é necessário que se faça avaliação com uma psiquiatra experiente em déficit de atenção, pois apenas ele(a) é qualificado(a) para diagnosticar o problema.
Existem, pelo menos, duas possibilidades:
1) a pessoa tem o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade com predominância de sintomas de déficit de atenção. Neste caso, o tratamento pode ser feito com medicações apropriadas, como o metilfenidato, por exemplo. Inclusive, a melhora pode ser até maior do que nos casos em que há, também, hiperatividade.
2) a pessoa tem apenas sintomas de déficit de atenção, sem ter o quadro completo. Nestes casos, o uso de medicação ainda pode ser feito, mas é mais discutível.
Em ambos os casos estão indicadas técnicas de terapia comportamental, que tanto podem tratar muitos pacientes (mesmo que não tomem medicação) quanto podem ser coadjuvantes eficazes do tratamento medicamentoso.
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Existe o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) com predominância de sintomas de desatenção. O tratamento também costuma ser feito com Ritalina* (metilfenidato) e costuma melhorar. Usam-se, também, técnicas comportamentais, que podem complementar a medicação ou, em alguns casos, até substituí-la.
Apesar de pessoas com TDAH terem uma maior incidência de uso de drogas, frequentemente elas procuram drogas estimulantes, como a anfetamina que, inclusive, melhoram sua desatenção, apesar das potenciais consequências negativas.
A maconha é uma droga composta de várias substâncias, das quais a principal que causa dependência é o canabinol. Seu efeito costuma piorar os sintomas de desatenção e leva a dificuldades de aprendizado.
Pessoas com uso de maconha podem desenvolver sintomas psicóticos, seja por estarem intoxicados com uma quantidade alta de droga, seja porque já tinham predisposição a quadros psicóticos e a maconha funcionou "apenas" como gatilho. Infelizmente, nestes casos, a tendência do problema é continuar mesmo que a pessoa pare de usar drogas.
Em todas as cidades, há postos de saúde vinculados ao SUS. Na maioria das cidades, há os CAPS-AD (abreviação de Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas), que podem tratar de usuários de drogas.
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A bipolaridade é um transtorno de tratamento mais difícil que na depressão unipolar.
 
Em primeiro lugar, é necessário que o diagnóstico seja feito por um psiquiatra. Parece óbvio, mas é comum que as pessoas leigas achem que bipolar é, simplesmente, aquela pessoa que muda de humor com frequência; clínicos e neurologistas menos acostumados a pacientes psiquiátricos também podem ter estas dificuldades de reconhecer o quadro.
 
O tratamento padrão da bipolaridade é feito com lítio. Ao contrário da maioria dos remédios, a terapia com lítio não se baseia em número de comprimidos, mas na concentração de lítio no sangue. Assim, o psiquiatra prescreverá o número de comprimidos suficiente para se atingir determinadas concentrações. Há outros estabilizadores de humor como o valproato de sódio, a olanzapina, a risperidona.
 
A maioria dos bipolares precisa tomar mais de um tipo de medicação, simultaneamente, para obter um controle completo; segundo alguns estudos, de 3 a 4 remédios ao mesmo tempo.
 
Não se assuste se demorar para ocorrer o controle e, se você está frequentando um médico de boa formação (que tenha feito uma boa faculdade, uma boa residência e que seja estudioso), não fique trocando de médicos com frequência. Muitas vezes, há necessidade de um ano ou mais para se estabilizar um paciente - isto, se ele tomar todos os remédios direito, o que às vezes não ocorre.
 
Por outro lado, se houver uma resposta muito difícil, às vezes é interessante pesquisar se há uma causa associada como, por exemplo, alterações de tireoide.
 
Sempre faça as perguntas que quiser ao seu médico, de modo a entender, dentro do possível, cada passo que está sendo dado.
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Possivelmente, você está com depressão.
A depressão é um transtorno psiquiátrico que, em grau maior ou menor, cursa com tristeza ou desânimo profundos a maior parte do tempo, pessimismo excessivo, frequentes ideias tristes (ideias de culpa ou fracasso ou, simplesmente, muitas lembranças tristes); perda da alegria de viver e do prazer nas atividades de que a pessoa costumava gostar; pode ocorrer choro frequente. Insônia ou excesso de sono, falta ou excesso de apetite, diminuição do desejo sexual podem ocorrer.
A irritabilidade excessiva também é um sintoma frequentemente relatado.
A depressão requer que seja feito um tratamento com antidepressivos, na maioria dos casos, e você deve procurar um psiquiatra para fazer uma avaliação. A demora em iniciar um tratamento pode levar à piora do quadro e a riscos de saúde.
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Não consigo opinar muito bem sem saber detalhes do caso, mas tenho um palpite. Acho importante que ele procure ajuda de um neurologista e de um psiquiatra para avaliar melhor o quadro e descartar causas orgânicas. Quadros dissociativos podem causar paralisia, mas é importante descartar outras causas.