Psiquiatria - Perguntas respondidas
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A característica central do transtorno de compulsão alimentar não é "comer mais que o normal", mesmo que seja MUITO mais... As pessoas têm episódios auto-limitados em que consomem enormes quantidades de comida, num curto espaço de tempo e a maioria das pessoas com este transtorno não "come demais" a maior parte do tempo. E têm outras características, também, como sentimento de culpa e vergonha após os episódios, preferência por alimentos que possam ser rapidamente consumidos etc. Mas, independente de o Dr. Google ter sugerido transtorno de compulsão alimentar, o importante é que você tem alguma alteração em seu comportamento alimentar que precisa ser avaliada. Em termo de médicos, seria importante passar com um(a) psiquiatra que tenha experiência em transtornos do comportamento alimentar, sobrepeso e obesidade. Dependendo do diagnóstico, ele(a) poderá tratar você ou poderá encaminhar para um psicólogo e/ou nutricionista, também.
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SIM, PODE AJUDAR, CONTUDO A COMPULSÃO ALIMENTAR PODE ESTAR RELACIONADA À ANSIEDADE E NÃO SER UM TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO.
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O transtorno de compulsão alimentar tem critérios de diagnóstico específicos, que não são apenas o fato de a pessoa comer "a toda hora" e não se sentir satisfeita. Aliás, raramente pessoas com transtorno de compulsão alimentar "comem toda hora": elas têm episódios de "binges" ou "farras" alimentares, onde consomem rapidamente enormes quantidades. Mas, de qualquer forma, pela sua descrição, está com um problema de comportamento alimentar. Pessoalmente, fico à sua disposição, se quiser se consultar, mas há vários outros profissionais com qualificação: consulte este Catálogo Médico e, caso ninguém seja da sua região (apesar de hoje em dia haver também possibilidade de teleatendimento), procure as qualificações pelo Google.
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Não há como saber, à distância, sem conhecer pessoalmente o caso de sua filha, o que está ocorrendo. Alguns casos são mesmo resistentes ao tratamento e, em outros, o tratamento está errado e por isto a pessoa não melhora. Converse com o(a) psiquiatra dela, sempre que tiver dúvidas e, eventualmente, peça uma segunda opinião. Digo "eventualmente", porque apesar de ser um direito dos pacientes pedirem quantas opiniões quiserem, é muito difícil para um(a) leigo(a) saber qual opinião é a correta - a primeira, a segunda, a terceira... Procure conhecer o currículo do(a) psiquiatra. Apesar de não ser uma garantia cem por cento, formação em boas faculdades, especialização em bons hospitais, pós-graduação "stricto sensu", trabalhos publicados em revistas científicas (não imprensa comum, pois hoje todos têm seus 15 minutos de fama) são um indício indireto, mesmo que não absoluto, de qualidade.
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Uma parte dos casos de depressão é realmente resistente aos tratamentos, mesmo que estejam corretos. Porém, em boa parte, há algum problema no tratamento.
 
1. É comum que médicos (e mesmo alguns psiquiatras) não conheçam as doses mínimas e máximas das medicações antidepressivas e, assim, acabem usando doses abaixo das corretas.
 
2. É comum, por desconhecimento do(a) profissional ou por desistência da paciente, que as medicações não sejam usadas por tempo suficiente.
 
3. Há vários tratamentos para depressão que alguns profissionais não conhecem, como combinação de medicações, terapia cognitivo-comportamental, ativação comportamental, ACT. Além disto, por desconhecimento ou preconceito, um tratamento muito eficaz para depressões graves, a eletroconvulsoterapia, muitas vezes não é usada.
 
4. Existem alguns tratamentos mais recentes que podem ser usados, em alguns casos, como a EMT e a quetamina (ou esquetamina ou cetamina).
 
5. Em casos muito graves, há tratamentos como a estimulação cerebral profunda, a estimulação vagal e mesmo a psicocirurgia.
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É uma questão difícil sem conhecer o quadro clínico. Mas, o que propõe pode estar correto.
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Certamente, deve passar em psiquiatra. O(a) psiquiatra consegue fazer diagnósticos que os psicólogos não fazem. Quanto ao funcionamento da psicoterapia, seja com psicólogo ou psiquiatra, é sempre necessário levar em conta que há necessidade de tratamentos prolongados - e as pessoas, muitas vezes, desistem já no início.