Psiquiatria - Perguntas respondidas
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A fibromialgia por si só constitui um transtorno psiquiátrico, apesar de que muitas doenças para as quais não se achava causas "físicas" (i.e., não psiquiátricas), no passado, passaram para a esfera da clínica médica, a partir do momento em que estas causas foram determinadas.
 
Não há conhecimento da origem da fibromialgia, sendo uma das hipóteses a presença de uma sensibilidade dolorosa exagerada a certos estímulos, ausente nas pessoas normais.
 
Por outro lado se sabe que a depressão e a ansiedade podem, justamente, aumentar a sensibilidade à dor, de modo que se a pessoa estiver com um destes transtornos e ele for tratado, é possível que a dor da fibromialgia melhore muito ou mesmo desapareça.
 
Finalmente, antidepressivos estão entre os principais tratamentos da fibromialgia.
 
Entretanto, você não deixa claro se tem mesmo um diagnóstico cuidadoso de fibromialgia ou se é você que está supondo a sua existência, inclusive comentando que é decorrente de depressão profunda - sendo que fibromialga não é consequência de depressão, apenas pode piorar com ela.
 
Assim, deve consultar um psiquiatra para avaliar seus supostos transtornos psiquiátricos (depressão e ansiedade) e tratá-los. É possível que ele mesmo trate a fibromialgia mas, se não for o caso, após ou durante o tratamento da depressão e da ansiedade, pode também consultar um reumatologista.
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Não existe este termo pedófilo-doente. Todo pedófilo tem problemas emocionais e psicológicos que precisam ser administrados e resolvidos a partir de psicoterapia, individual e em grupo, além do uso de remédios psicotrópicos específicos. Os pedófilos costumam ter culpa ou arrependimento, exceto aqueles com transtorno de personalidade antissocial ou psicopatia.
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Sim, quando a pessoa não tem concomitantemente traços de personalidade antissocial (fria de emoções), frequentemente o sentimento de culpa é intenso. Há casos até de auto-mutilação em função destes sentimentos de culpa.
 
É interessante, também, que a questão da condenação à pedofilia é em parte cultural, dado que há culturas em que não é/era proibida a relação sexual com crianças.
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Acumuladores possuem comportamentos que são considerados transtornos relacionados com o transtorno obsessivo-compulsivo e caracterizado pelo acúmulo excessivo de coisas, ao ponto de obstruir o uso das áreas onde estão. O comportamento leva a sofrimento para o indivíduo que o apresenta ou comprometimento de suas funções e relações sociais.
Deve procurar orientação pessoal com psiquiatra que tenha experiência com transtorno obsessivo-compulsivo e transtornos de impulso para orientá-la sobre como proceder.
É possível ajudar através de você, ensinando a lidar com o comportamento dele; é possível ajudá-la mostrando como tentar motivá-lo para um tratamento.
Uma vez aceitando o tratamento, se não houver outro transtorno associado, geralmente o indicado é a terapia cognitivo-comportamental.
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Em princípio, pode ser um comportamento normal. Mas, o fato de você perguntar faz supor que você acha que pode ser anormal.
 
Apenas consultando um psiquiatra infantil você pode saber do que se trata. Impossível orientar você por escrito.
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Além da possibilidade de serem sintomas depressivos e, se for o caso, há necessidade de tratamento antidepressivo, é possível que seja uma reação às suas condições atuais de vida. O fato de sentir prazer nos seus filhos é positivo, que pode indicar que não esteja com depressão ou sua depressão não seja tão grave.
 
Assim, é muito importante passar por uma avaliação psiquiátrica para ver qual das duas possibilidades é mais provável (ou uma interação das duas - sintomas depressivos e reação às suas condições atuais de vida). Ele(a) poderá indicar um tratamento medicamentoso, associado ou não a uma psicoterapia. Dependendo do diagnóstico, talvez ele(a) indique que você necessite apenas de uma psicoterapia.
 
Mas, fundamental passar logo por uma avaliação.