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Psiquiatria - Perguntas respondidas

Qual o melhor tratamento para os casos de surto psicótico no período do puerpério?
  • Uso de antipsicóticos e psicoterapia são bem indicados.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • Quadros psicóticos são caracterizados por uma perda do vínculo com a realidade, que pode se manifestar através de ideias delirantes (pensamentos absurdos ou sem conexão lógica com o mundo externo), comportamentos bizarros e/ou alucinações (geralmente, de vozes que dão ordens, conversam entre si ou fazem comentários).

    Os antipsicóticos são o tratamento de primeira escolha que o psiquiatra utiliza. São medicações que procuram reverter ou compensar as alterações químicas cerebrais que, acredita-se, levam aos comportamentos psicóticos.

    Entretanto, comportamentos psicóticos podem estar presentes em vários transtornos diferentes como, por exemplo, esquizofrenias, transtorno esquizo-afetivo, depressões psicóticas, transtorno bipolar psicótico, transtorno esquizofreniforme, transtorno delirante. Assim, pode ser que haja necessidade de uso de outras medicações, tais como antidepressivos ou estabilizadores de humor. Em alguns casos, usa-se a eletroconvulsoterapia (ECT), um tratamento no qual, após uma anestesia geral, faz-se uma estimulação elétrica do cérebro por alguns segundos.

    Em alguns transtornos psiquiátricos, quando não muito graves, existe a opção de aguardar o período do puerpério, para que a mãe não precise tomar medicações que, geralmente, são desaconselháveis para quem está amamentando. Entretanto, se houver a presença de um surto psicótico, esta opção não existe, pois as consequências de um não-tratamento podem ser muito graves.

    Dos tratamentos acima, a ECT é a que menos utiliza drogas e que permite que, após algumas horas, o organismo tenha eliminado as medicações utilizadas (basicamente para a anestesia e o relaxamento muscular). Assim, se houver indicação deste tipo de terapia, ela é bastante segura, no sentido de diminuir os riscos de eliminação de drogas pelo leite.

    Entretanto, o tratamento específico vai depender de cada caso e é impossível decidir sem que a mãe seja avaliada por um psiquiatra.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Fui uma pessoa considerada normal até os vinte anos. Tinha sonhos e tentava realizá-los. Até que passei a sentir medo de tudo e de todos. Passei por traumas terríveis, tanto na infância como na fase adulta. Vinte anos depois continuo tendo medo.
  • Você deve ser uma pessoa ansiosa, deve fazer uso de medicação e psicoterapia.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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  • Pessoas que passam por traumas graves podem desenvolver quadros ansiosos, incluindo medos exagerados; por vezes, podem vir a ter quadros depressivos ou mesmo outros transtornos psiquiátricos.

     

    Entretanto, sem conhecer e entrevistar uma pessoa, o psiquiatra não consegue estabelecer um diagnóstico adequado.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Sofro há três anos de síndrome do pânico. Há três anos parece que tem dia que vou morrer de tanta agonia. Já faço uso de medicação controlada, mas gostaria de saber qual é o melhor remédio para esse tratamento.
  • Há vários tipos de tratamento farmacológico para o Transtorno do Pânico, mas todos eles terão melhores resultados se você associar psicoterapia, especialmente a chamada terapia cognitivo comportamental.

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  • O melhor remédio é aquele que você responde melhor. O tratamento medicamentoso funciona por tentativa e erro, o uso de antidepressivos está bem indicado e o uso de benzodiazepínicos deve ser exceção, apenas para crises muito fortes e por curto período de tempo.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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  • O transtorno de pânico envolve crises súbitas de intenso medo, angústia ou ansiedade, acompanhadas de sintomas como sensação de que se vai morrer e sintomas físicos como palpitações no peito, tremores, tontura, vista turva, sensações desagradáveis na região do estômago, vontade de urinar ou evacuar.

     

    O tratamento para transtorno de pânico habitualmente envolve medicações do grupo dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), que são vários. Como exemplo, temos a fluoxetina, a sertralina, a paroxetina, o citalopram, o escitalopram, a venlafaxina (quando em doses baixas), a fluvoxamina. Como segunda opção, usam-se alguns antidepressivos do grupo dos tricíclicos, principalmente a clomipramina. Além disto, uma medicação do grupo dos benzodiazepínicos (o alprazolam) mostra-se eficaz no controle das crises. Entretanto, como esta medicação tem efeitos colaterais sobre a coordenação motora e o equilíbrio, a curto prazo e sobre a memória e capacidade de aprendizado, a curto e longo prazo, além de poder levar a dependência (em algumas pessoas), seu uso deve ser feito preferencialmente naquelas pessoas que têm crises muito intensas, dado que o remédio faz efeito rápido - enquanto os antidepressivos podem demorar até 3-4 semanas para exercer o efeito completo. Recomenda-se, também, que medicações benzodiazepínicas sejam tomadas por um período de apenas algumas semanas, justamente para prevenir os efeitos colaterais a longo prazo. Isto não vale para alguns casos, mais raros, que apresentam resistência ao tratamento com antidepressivos - nestes casos se pode usar o alprazolam a longo prazo, por falta de opções melhores. Desta mesma classe de remédios se utiliza também o clonazepam, na forma sublingual (Rivotril*SL), que possui comprimidos de 0,25 mg de concentração. Esta medicação não costuma ser tomada de modo regular, porém apenas para interromper crises mais fortes. Ele possui a vantagem de ter uma ação mais rápida que o alprazolam.

     

    Existem algumas formas de terapia comportamental e comportamental-cognitiva que também se mostraram úteis no tratamento das crises de pânico.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Como tratar do delírio de parasitose?
  • O delírio de parasitose é um delírio no qual o paciente refere sensações de prurido, movimentos sob a pele, picadas ou outros sintomas, atribuídos a parasitas que o estariam infestando. Como em todo delírio, é impossível convencer a pessoa de que, na verdade, ela não apresenta nenhum parasita.

     

    Sempre que um delírio aparece pela primeira vez, a não ser que a pessoa já tenha um transtorno psiquiátrico diagnosticado, vale a pena investigar problemas clínicos que possam estar causando alterações cerebrais: tumores cerebrais, acidentes vasculares e outras doenças envolvendo diretamente o cérebro; tumores em outras partes do organismo; quadros infecciosos e outras alterações clínicas podem levar a alterações químicas no organismo que podem levar ao desenvolvimento de delírios. Nestes casos, deve-se tratar a alteração clínica, em primeiro plano.

     

    Na abordagem do sintoma de delírio, assim como em outras alterações em que a pessoa perde sua capacidade de avaliar a realidade, devem ser utilizadas medicações do grupo dos antipsicóticos.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • O delírio de parasitose, apesar de raro, pode ser extremamente perturbador e incapacitante. Merece avaliação cuidadosa para diagnóstico diferencial com outros patologias e, confirmado o diagnóstico, tratamento com antipsicóticos.

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  • O uso de antipsicóticos está bem indicado neste caso.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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Em 2010, minha mãe teve depressão pela primeira vez (com a morte de sua irmã). Toma medicamentos até hoje, sua recuperação foi em cerca de 2 meses. Agora em 2015, com o falecimento de seu pai, teve recaídas. O que fazer para evitar (terapias,...)?
  • Duas possibilidades de intervenção, ou seja, psicoterapia e medicação.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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  • Reações de luto à morte de pessoas queridas são comuns e normais. Entretanto, se houver um quadro mais profundo e prolongado, hoje em dia se faz o diagnóstico de depressão. Depressões sempre possuem sintomas mais acentuados de desânimo ou tristeza, insônia ou excesso de sono, falta ou excesso de apetite, diminuição do desejo sexual, dificuldades de concentração, perda do prazer em atividades nas quais a pessoa costumava sentir prazer. Nestes casos, impõe-se tratar a pessoa.

     

    Novamente, se seu pai morreu, há necessidade de o psiquiatra avaliar a profundidade e a duração dos sintomas, para verificar se é uma reação normal numa pessoa que esteja com a depressão controlada ou se é uma recidiva do quadro.

     

    Se houver recidiva, deve-se aumentar a medicação, acrescentar outra para potencializar o efeito da primeira ou administrar doses mais altas de antidepressivo.

     

    É fundamental ela retornar ao psiquiatra.

     

    As psicoterapias podem ser eficazes, dependendo da gravidade dos sintomas e podem ser associadas ao tratamento medicamentoso.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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