Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Realmente, deve procurar um especialista. Apesar de haver muitos especialistas dedicados, frequentemente em convênios ou no serviço público o profissional não dispõe de tempo suficiente para ouvir todas as suas queixas e conversar sobre todos os seus problemas.
Talvez, no seu caso, seja indicado um atendimento particular. Apesar de mais caro, este tipo de atendimento costuma ser mais demorado e, assim, possibilita que você exponha todos os detalhes.
Dito isto, observe se o seu psiquiatra expressa empatia pelo seu sofrimento e o ouve com atenção. Apesar de não ser obrigação, muitos psiquiatras dão seus contatos pessoais, e-mails e telefones para que você possa acessá-los fora do dia da consulta, em caso de alguma dúvida ou situação de emergência.
Observe se o psiquiatra lhe diz com clareza seu diagnóstico, se explica com cuidado seu tratamento. Enfim, se ele é simpático com você.
Por outro lado, não esqueça que não basta ser atencioso. Um profissional deve ser estudioso e atualizado. Procure saber se se formou em boa faculdade e fez uma boa especialização. Apesar de haver profissionais bons formados em faculdades que não são consideradas de primeira linha e profissionais ruins formados em boas faculdades, ter estudado numa instituição excelente é um dos indicadores da competência. Procure conhecer o currículo do profissional que você vai consultar.
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Fico sensibilizado com seu problema, mas solicitaria que você mandasse uma ou mais perguntas, pois o texto acima é um pedido de ajuda e não uma pergunta.
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Se você não sente desejo sexual e seu ginecologista mandou procurar um psiquiatra, ele deve estar partindo do princípio de que está tudo em ordem, com seu corpo e as causas são comportamentais.
 
Existem várias causas comportamentais, mas as mais comuns são problemas de relacionamento, no casal; falta de disponibilidade do parceiro ou parceira estimular você de modo suficiente; falta de habilidade para estimular você; diminuição do desejo sexual, em relações prolongadas (isto ocorre normalmente), acentuada por um ou mais dos fatores anteriores.
 
Uma outra causa possível é o uso de certas medicações que diminuem o desejo sexual.
 
Realmente, deve consultar um psiquiatra.
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O alprazolam é uma medicação do grupo dos benzodiazepínicos, usada basicamente para tratar sintomas de ansiedade.
Este grupo de medicações é muito eficaz pelo início rápido da ação e tem um risco muito baixo de intoxicação. Por outro lado, possui uma série de efeitos colaterais, que vão desde os riscos de quedas, passando pela incoordenação motora e problemas de memória que podem permanecer mesmo após a pessoa parar de tomar o remédio.
Assim, hoje em dia, recomenda-se que, a não ser em casos excepcionais, estas medicações sejam usadas por apenas algumas semanas.
De modo geral, a medicação pode ser retirada de modo muito lento. A velocidade depende da pessoa mas, na imensa maioria dos casos, em algumas semanas a alguns meses se consegue eliminar a medicação. A ideia é simples: retirar alguns miligramas do comprimido em cada consulta, a cada semana ou a cada duas semanas. A quantidade é aquela que a pessoa tolerar e não sentir falta.
Apesar de que, se a pessoa o fizer sozinha, poderá ter sucesso, é sempre melhor e mais seguro fazer com acompanhamento médico.
Não se deve esquecer que um médico deve ser sempre consultado para verificar se o caso da pessoa não é daqueles mais raros em que a medicação deve ser mantida por prazos maiores (por exemplo, situações de transtorno do pânico com má resposta a outros tratamentos).
Logicamente, se a pessoa tiver um problema psiquiátrico, devem ser usadas medicações adequadas, tais como outras medicações para diminuir a ansiedade, antidepressivos etc.
Se houver insônia, exercícios físicos e técnicas de higiene do sono podem ajudar.
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Dirigir tem seus perigos. Normalmente, isto deveria apenas fazer com que as pessoas fossem mais cautelosas, de modo a diminuir os riscos.
Entretanto, algumas pessoas ficam tão sensíveis a estes potenciais perigos que, simplesmente, não conseguem aprender a dirigir ou, eventualmente, para os que já dirigiram, passam a não querer dirigir mais.
Em psiquiatria, todos os quadros nos quais existe um medo excessivo que prejudica a pessoa são chamados de "fobias".
Por vezes, as fobias aparecem dentro de um quadro mais grave de ansiedade ou depressão e podem melhorar ou mesmo desaparecer com o uso de alguns remédios. Atenção: de modo geral, NÃO se devem usar calmantes ou tranquilizantes para o tratamento das fobias, pois elas podem piorar.
Quando a pessoa não apresenta depressão ou ansiedade (além da fobia) ou quando ela usou remédios, melhorou, mas não chegou a ficar totalmente bem, um tratamento muito bem sucedido é a terapia comportamental ou cognitivo-comportamental. Neste tratamento, o profissional faz um estudo e um mapeamento do problema da fobia e, junto com o(a) paciente, elabora um plano de exercícios específicos para acabar com o problema. Se houver uma boa colaboração entre o profissional e o(a) paciente, os resultados costumam ser excelentes. Em média, dependendo da intensidade do tratamento, o problema pode melhorar em semanas e desaparecer em meses, mas há casos em que o controle ocorre em semanas ou mesmo em dias.