Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Sua pergunta não está clara mas, se for na área psiquiátrica, uma possível explicação seria ela estar apresentando efeitos colaterais de remédios como, por exemplo, o haloperidol.
 
Entretanto, o mais correto seria você consultar um neurologista, pessoalmente.
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Possivelmente, o fato de você ter ansiedade e depressão não ajudam, ou seja, é possível que elas predisponham você a ter outros problemas emocionais/psiquiátricos. Porém, só o fato de usar maconha e álcool pode propiciar que você apresente crises de pânico e sintomas psicóticos: a maconha é uma droga de efeitos mistos, sedativos e estimulantes, liberadores de emoções, aumento de apetite e, também, tem um pequeno potencial psicogênico (ou seja, de causar alterações psicóticas). Sabidamente, ela pode desencadear surtos psicóticos em pessoas mais predispostas. As crises de pânico são bem descritas com a maconha e, sobretudo, com o aumento da concentração de THC que ocorreu nos últimos 30 anos (de 2 a 3% para cerca de 12%) na erva, estes riscos são maiores. Por outro lado, se você fizer um acompanhamento do sono após a ingestão de bebidas, através de uma polissonografia, veria que o álcool, apesar de poder dar a impressão de auxiliar no sono, leva a um sono de qualidade muito pior.
Maconha e álcool não são bons calmantes nem medicações para dormir, justamente por causa dos efeitos colaterais possíveis.
Você deveria procurar um psiquiatra, de preferência quem tenha experiência com drogas, e conversar sobre os prós e contras dos efeitos do álcool e da maconha, em seu caso. Do ponto de vista médico é um direito seu usar, porém seria interessante você conhecer de forma clara as consequências para seu organismo e verificar se existem opções mais convenientes para você lidar com sua ansiedade, depressão e insônia.
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A depressão é um problema que envolve alterações químicas complexas, no cérebro. Por outro lado, ela pode ser desencadeada e mantida por fatores externos, tais como problemas de relacionamento, tragédias pessoais, os mais diversos tipos de estresse e mesmo algumas doenças físicas ou cirurgias.
O profissional que diagnostica depressão melhor é o psiquiatra. Para tanto, ele conversará com você e confirmará, em primeiro lugar, se é realmente uma depressão que você tem. Isto, porque existem quadros semelhantes à depressão, mas que não requerem tratamento com remédios. São exemplos situações de luto por morte de indivíduos queridos, perdas de relacionamentos que deixam as pessoas "na fossa" ou mesmo um estado de tristeza pela presença de muitas coisas difíceis e poucas coisas agradáveis, na vida de uma pessoa.
Todo sofrimento merece atenção, mas apenas problemas com certas características devem ser tratados com medicação. Assim, certas situações podem ser abordadas com uma psicoterapia, na qual você exporá seus sofrimentos e procurará soluções para eles, junto com o profissional. Por outro lado, quadros prolongados, com semanas, meses ou mesmo anos de duração, nos quais a pessoa perde o prazer na maioria das coisas da vida, tem problemas de sono e apetite (falta ou excesso), diminuição do desejo sexual, grande presença de pensamentos tristes; dificuldades de concentração, devem ser tratados com remédios.
As medicações usadas na depressão são, em geral, bastante seguras e não causam dependência. A maioria das pessoas melhora no prazo de semanas a meses. Nos casos mais sérios, existem medicações mais potentes e o tratamento pode ser mais prolongado mas, em quase todas as pessoas é possível conseguir um controle ou, pelo menos, uma grande melhora.
Quando não é tratada, a depressão pode ter consequências graves, que vão desde a simples diminuição da qualidade de vida até a perdas profissionais, financeiras, familiares, aumento do risco de ter doenças ou mesmo de morte prematura.
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Dirigir tem seus perigos. Normalmente, isto deveria apenas fazer com que as pessoas fossem mais cautelosas, de modo a diminuir os riscos.
Entretanto, algumas pessoas ficam tão sensíveis a estes potenciais perigos que, simplesmente, não conseguem aprender a dirigir ou, eventualmente, para os que já dirigiram, passam a não querer dirigir mais.
Em psiquiatria, todos os quadros nos quais existe um medo excessivo que prejudica a pessoa são chamados de "fobias".
Por vezes, as fobias aparecem dentro de um quadro mais grave de ansiedade ou depressão e podem melhorar ou mesmo desaparecer com o uso de alguns remédios. Atenção: de modo geral, NÃO se devem usar calmantes ou tranquilizantes para o tratamento das fobias, pois elas podem piorar.
Quando a pessoa não apresenta depressão ou ansiedade (além da fobia) ou quando ela usou remédios, melhorou, mas não chegou a ficar totalmente bem, um tratamento muito bem sucedido é a terapia comportamental ou cognitivo-comportamental. Neste tratamento, o profissional faz um estudo e um mapeamento do problema da fobia e, junto com o(a) paciente, elabora um plano de exercícios específicos para acabar com o problema. Se houver uma boa colaboração entre o profissional e o(a) paciente, os resultados costumam ser excelentes. Em média, dependendo da intensidade do tratamento, o problema pode melhorar em semanas e desaparecer em meses, mas há casos em que o controle ocorre em semanas ou mesmo em dias.
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O alprazolam é uma medicação do grupo dos benzodiazepínicos, usada basicamente para tratar sintomas de ansiedade.
Este grupo de medicações é muito eficaz pelo início rápido da ação e tem um risco muito baixo de intoxicação. Por outro lado, possui uma série de efeitos colaterais, que vão desde os riscos de quedas, passando pela incoordenação motora e problemas de memória que podem permanecer mesmo após a pessoa parar de tomar o remédio.
Assim, hoje em dia, recomenda-se que, a não ser em casos excepcionais, estas medicações sejam usadas por apenas algumas semanas.
De modo geral, a medicação pode ser retirada de modo muito lento. A velocidade depende da pessoa mas, na imensa maioria dos casos, em algumas semanas a alguns meses se consegue eliminar a medicação. A ideia é simples: retirar alguns miligramas do comprimido em cada consulta, a cada semana ou a cada duas semanas. A quantidade é aquela que a pessoa tolerar e não sentir falta.
Apesar de que, se a pessoa o fizer sozinha, poderá ter sucesso, é sempre melhor e mais seguro fazer com acompanhamento médico.
Não se deve esquecer que um médico deve ser sempre consultado para verificar se o caso da pessoa não é daqueles mais raros em que a medicação deve ser mantida por prazos maiores (por exemplo, situações de transtorno do pânico com má resposta a outros tratamentos).
Logicamente, se a pessoa tiver um problema psiquiátrico, devem ser usadas medicações adequadas, tais como outras medicações para diminuir a ansiedade, antidepressivos etc.
Se houver insônia, exercícios físicos e técnicas de higiene do sono podem ajudar.