Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Em primeiro lugar, é impossível saber, sem conhecê-la, qual o diagnóstico desta senhora. Mas, falando de modo genérico, o Rivotril* (clonazepam) não é uma medicação antidepressiva - pode melhorar o componente de ansiedade, que 60% das pessoas deprimidas têm, mas não costuma tratar a depressão. Além disto, principalmente em doses maiores, pode propiciar quedas e mesmo problemas de memória, de modo que, atualmente, quem conhece o assunto, costuma prescrever uso da medicação por um período de semanas e não em longo prazo. A depressão, quando presente, deve ser tratada com medicações apropriadas e o uso delas deve ser contínuo, inclusive após os sintomas terem já desaparecido. Quanto ao aparecimento de euforia excessiva, pode se tratar do transtorno bipolar, com fases de depressão e também de euforia excessiva, mas nem sempre o que as pessoas leigas denominam de "euforia" corresponde ao que o psiquiatra considera como tal: por vezes mais ansiedade, agitação ou mesmo a pessoa estar feliz podem ser mal-interpretados. Converse, em primeiro lugar, com o psiquiatra, para tirar suas dúvidas e, se mesmo assim elas continuarem, é sempere um direito seu pedir a opinião de outro especialista, mas pessoalmente, porque só assim é possível dar uma orientação confiável.
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O Reconter* (escitalopram) é uma boa medicação para quadros de depressão e ansiedade e os sintomas que você relata são comuns em depressão e ansiedade. Porém, por vezes os sintomas de ansiedade e tristeza ocorrem em consequência direta de problemas pelos quais a pessoa está passando, caso em que geralmente se indica a psicoterapia. Entretanto, mesmo sua medicação estando correta, ela pode demorar semanas para fazer algum efeito e mesmo meses para fazer efeito completo. Às vezes, pode haver necessidade de mudança de doses. E, finalmente, por vezes não é a melhor medicação para aquele caso. Deste modo, seu clínico estava correto em sugerir que você consulte um especialista. Faça isto o quanto antes.
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O lítio geralmente é indicado para o transtorno bipolar, mas pode ser usado em outros transtornos, também, sobretudo para aumentar o efeito de antidepressivos. De modo geral, o nível considerado ideal para o controle do transtorno bipolar, situa-se entre 0,5/0,7 a 0,9-1 mili-equivalentes por litro. Mas, em alguns casos, usam-se doses um pouco maiores e é possível que, junto com outras medicações, doses menores possam ser úteis. Mas, é impossível dizer o que seria melhor, em seu caso, sem conhecer você pessoalmente. Quanto ao fato de você continuar tendo crises, pode ser tanto falha do tratamento quanto a possibilidade de que, mesmo com tratamento correto, seu quadro ainda não tenha estabilizado totalmente. E, muito importante: lítio é uma medicação. Ninguém toma lítio porque falta lítio no organismo. O lítio é uma substância que, como qualquer outro remédio, vai atuar indiretamente no organismo - no caso, melhorando o funcionamento de seu cérebro.
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Precisa ver qual o motivo de você estar tomando o Lítio, se você estiver com transtorno bipolar o seu raciocínio está correto. Outra coisa: precisa ver a sua aderência ao tratamento, se a sua aderência estiver baixa, a litemia também estará baixa e ainda não é uma questão de aumento de dose. Uma terceira coisa: precisa ver se o laboratório é confiável e se você tomou o Lítio 1 comprimido 12h antes de colher o exame do Lítio. Abraço!
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Este tipo de pensamento pode ocorrer na depressão, mas também em outros quadros psiquiátricos, de modo que você deve ir a um psiquiatra para obter o diagnóstico correto e o tratamento adequado.
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Você deve procurar um psiquiatra para avaliar seu caso e a necessidade de tratamento. Por vezes, a ansiedade é um fenômeno normal e pode passar sem tratamento ou através de um breve aconselhamento. Outras vezes, há presença de um transtorno de ansiedade, que requer tratamento psicoterápico ou medicamentoso. Numa psicoterapia, o terapeuta (psiquiatra ou psicólogo) vai procurar identificar, com você, as origens de sua ansiedade e ajudar você a resolver os problemas que a causam. No tratamento medicamentoso, o psiquiatra usa substâncias que estabilizam o funcionamento das regiões cerebrais envolvidas na produção dos sintomas ansiosos. Muitas vezes, utilizam-se tanto a psicoterapia quanto o tratamento medicamentoso, simultaneamente.