Psiquiatria - Perguntas respondidas
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O autismo é um transtorno caracterizado, principalmente, por dificuldades nas relações sociais (expressão de emoções e percepção e compreensão das emoções de outros e habilidades de estabelecer e manter relações). Muitas vezes, ocorre um verdadeiro desinteresse pelo contato com outros humanos.
Juntamente, costumam ocorrer comportamentos repetitivos, que vão desde uma rigidez nos hábitos (alimentares ou de se vestir, por exemplo) até movimentos estereotipados.
O autismo se desenvolve aos poucos e é influenciado, principalmente, por fatores ambientais. Entretanto, acredita-se que a criança já nasça, sim, com uma forte tendência ao desenvolvimento do autismo e, na maioria dos casos mais graves, as alterações são observadas já a partir dos primeiros meses de vida.
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Mudanças de comportamento como as de seu filho podem ter várias causas: depressão, anorexia nervosa, surtos psicóticos ou causas ambientais, APENAS para dar alguns exemplos. Somente numa consulta pessoal com um(a) psiquiatra você poderia ter o diagnóstico e a orientação corretos.
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1. Você pode tentar convencê-los a ir a um psiquiatra dizendo que vão a um profissional ou médico para conversarem sobre seus problemas, sem especificar que se trata dos problemas comportamentais. (Muitas vezes, pessoas não querem ir a psiquiatras, porque os consideram médicos de "loucos".)
 
2. Você pode dizer que vão a um(a) psiquiatra para que ele(a) os ajude a resolver suas diferenças e diminuir o estresse, em casa.
 
3. Se nenhuma das duas anteriores funcionar, pode pedir para um psiquiatra fazer um atendimento domiciliar, dizendo apenas que um médico vem vê-los (realmente, psiquiatras são médicos).
 
4. Se nenhuma das três anteriores funcionar e você achar importante para ajudar os idosos, chame um psiquiatra à revelia.
 
5. Se não puder fazer nenhum dos quatro anteriores, vá você a um psiquiatra e procure aconselhar-se sobre como influenciar o comportamento dos idosos, seja no sentido de convencê-los a procurar um médico, seja no sentido de você conseguir diminuir as brigas entre eles, através de algumas atitudes que um(a) psicoterapeuta pode ensinar a você.
 
6. Se houver riscos iminentes de agressão física, contra si mesmo ou contra o outro, deve chamar uma ambulância particular ou o SAMU.
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Tanto a paroxetina quanto a sertralina fazem parte do mesmo grupo de medicações, os "inibidores seletivos de recaptação de serotonina" e têm os mesmos usos, principalmente no tratamento de depressão e ansiedade.
 
Entretanto, não é bom substituir um medicação por outra, se a original estiver tendo um bom efeito: apesar de haver semelhanças, é possível que o resultado final seja diferente. Isto pode ocorrer seja por pequenas desigualdades na ação das duas medicações, quanto pelos efeitos colaterais: algumas pessoas podem tolerar mais a paroxetina; outras, a sertralina.
A paroxetina geralmente não é fornecida no serviço público. Assim, se estiver em falta em farmácias nas quais você vai, é possível que a encontre em outras.
A sertralina, por sua vez, é fornecida nos serviços públicos, pelo menos aqui, em São Paulo, mas também pode faltar e, aí, você pode querer novamente trocar de medicação.
Você pode ligar para o SAC de indústrias que fabricam paroxetina e se informar sobre quais as farmácias que estão vendendo.
Se, por acaso, você estiver obtendo a paroxetina em seviço público, tiver acabado e não houver previsão de retorno do fornecimento, você pode entrar com um mandado de segurança contra o governo, através de um advogado, para obter a medicação ou para que eles custeiem seu tratamento.
Finalmente, se a única solução for substituir pela sertralina, esta substituição deve ser gradual, porque a paroxetina é uma medicação que, se for tirada abruptamente, leva a uma reação de abstinência muito desagradável. E, logicamente, esta troca deve ser feita sob supervisão psiquiátrica.
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A ansiedade é caracterizada por uma sensação de angústia ou inquietação e se acompanha, geralmente, de um excesso de preocupações com vários aspectos da vida das pessoas. Por exemplo, uma pessoa que não é rica, mas tem o suficiente para viver; apesar disto, o tempo inteiro fica com medo de empobrecer demais. Outro exemplo é de uma pessoa que não consegue parar de pensar no perigo que seus filhos passam, quando estão fora de casa e não dorme a noite inteira por causa destes pensamentos. (Trata-se apenas de exemplos; no seu caso, as preocupações podem ser diferentes.)
Além disto, pessoas ansiosas apresentam uma variedade de sintomas físicos, durante as crises, tais como suor excessivo, tremores, tontura, dores e desconforto na região abdominal, dificuldades de concentração, diarreia, vontade de urinar.
A ansiedade pode ser tratada com medicações e psicoterapia. Em alguns casos está mais indicada a primeira e, noutros, a segunda. Frequentemente se usam os dois tipos de tratamentos, simultaneamente: as medicações, para corrigir as alterações químicas, no cérebro e a psicoterapia, para ajudar a pessoa a lidar com os estresses de sua vida.
Medicações benzodiazepínicas (aquelas de faixa preta, na caixa) podem causar dependência, em algumas pessoas. Mas, a maioria dos outros remédios usados em ansiedade (inibidores de recaptação de serotonina, buspirona etc.) não levam à dependência.
Há vários exemplos de vegetais que são tóxicos. Assim, muitas vezes é mais seguro tomar uma medicação produzida em laboratório, cujas propriedades são bem conhecidas, do que utilizar derivados de plantas. Em relação a estas, ainda se sabe pouco. Algumas que tem sido estudadas para ansiedade são o kava-kava e a valeriana. É errado acreditar que medicações "naturais", geralmente substâncias de origem vegetal, não tem nenhum perigo.
Com certeza, você deve procurar um(a) psiquiatra para ajudar no diagnóstico e no tratamento. Pode ser, inclusive, que seu grau de ansiedade não necessite de medicações. Mas, somente o(a) psiquiatra pode lhe dar esta resposta.