Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Pela sua descrição, parece que você está com um quadro depressivo, com componentes ansiosos e, talvez, comportamentos impulsivos.
 
Não fica claro se você quis dizer que está tomando escitalopram. Se estiver, vale dizer que ele é um remédio antidepressivo e costuma melhorar, também, a ansiedade.
 
De resto, talvez pudesse reformular a pergunta e ser mais detalhado para que possa respondê-la melhor.
 
Sobretudo, nunca esqueça de esclarecer tudo com seu psiquiatra, que é o médico que melhor conhece seus problemas.
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O transtorno de pesadelos ocorre em pessoas normais e, em 4%, ocorre até uma vez por semana. Não se sabe a origem exata, mas parece ter relações com o estresse vivenciado pela pessoa. Em casos de transtorno de estresse pós-traumático (quadros ansiosos graves que ocorrem após eventos traumáticos como guerras, assassinatos, estupros) vivenciados pela pessoa, é muito comum haver pesadelos em que a pessoa vivencia novamente o evento trágico.
 
Há também pessoas que tem um transtorno chamado de transtorno de movimentos do sono REM. Neste tipo de alteração, a pessoa tem sonhos e, ao invés do relaxamento dos músculos que deve ocorrer durante os sonhos, ela tem seus músculos funcionando normalmente e, possivelmente, ao mesmo tempo que sonha com movimentos violentos ou potentes, ela os realiza. Neste tipo de situações, ocorre com frequência de as pessoas se machucarem ou machucarem outras.
 
Finalmente, há o terror noturno, mais comum em crianças, nas quais a pessoa acorda, no meio da noite, num estado de consciência parcial, muito aterrorizada, aos gritos, apresentando com frequência movimentos frenéticos, aumento da frequência cardíaca. Pode estar com olhos abertos e mostrando desespero.
 
Cada um destes quadros pode ser tratado e existem medicações e terapias específicas para melhorá-los.
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As crises de pânico se caracterizam por acessos súbitos de grande medo, angústia ou ansiedade, associados a sintomas como sensação de aperto no peito ou na altura do estômago, formigamentos, palpitações no peito, falta de ar, tremores, suor, tonturas, sensações ruins na barriga ou mesmo vontade de urinar ou evacuar. As crises, em geral, duram minutos, mas podem repetir-se uma após a outra.
 
Quando a pessoa têm estas crises com uma frequência maior, falamos em 'transtorno de pânico'.
 
O transtorno de pânico pode ser tratado por qualquer médico que conheça o assunto, mas deve ser tratado, preferencialmente, por psiquiatra, pois ele é o especialista específico neste tipo de problema.
 
A doença pode não ser curada, porém ela pode ser bem controlada, o que significa que grande parte das pessoas precisará continuar o tratamento mas, tomando a medicação correta, poderá viver uma vida completamente normal, sem ter crises.
 
As medicações costumam funcionar muito bem, sobretudo as do grupo dos inibidores de recaptação de serotonina. Entretanto, existem técnicas de tratamento de terapia comportamental-cognitiva que também podem funcionar.
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A fibromialgia é um distúrbio de causa desconhecida. Uma das explicações seria que as pessoas com este problema teriam uma sensibilidade maior à dor e que estímulos internos e externos que, em outros, passariam despercebidos ou não causariam sofrimento, levam a dores desagradáveis e constantes.
Não existe um tratamento realmente eficiente para a fibromialgia, apesar de se usarem vários tipos de remédio para tentar melhorá-la, tais como antidepressivos e medicações desenvolvidas, inicialmente, para epilepsias.
Grande parte das pessoas com fibromialgia possui quadros de depressão e ansiedade associados e, quando estes quadros são tratados, a fibromialgia pode melhorar.
Deve-se evitar o uso prolongado de medicações para dor do grupo dos opioides, pois realmente podem causar dependência, em algumas pessoas. Medicações tranquilizantes do grupo dos benzodiazepínicos (aqueles que são vendidos em embalagens com faixas pretas) devem ser evitadas, também, pois além de poderem causar dependência, falhas de memória e quedas, não são especialmente eficientes no tratamento da fibromialgia.
Se você está dependente dos remédios, deve aceitar as condutas daqueles médicos que se recusam a prescrever as medicações mais arriscadas, em seu caso ou daqueles que procuram reduzir suas doses. Entretanto, pode insistir para que eles continuem fazendo tentativas com outras medicações, que não causem dependência.
Além disto, tratamentos como psicoterapias e fisioterapia podem ser úteis para diminuir seu sofrimento.
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Tudo deve começar com uma avaliação psiquiátrica. Infelizmente, alguns problemas só podem ser tratados com medicação. Por exemplo, com frequência uma pessoa vem ao consultório com queixa de mau humor e, na verdade, ela está deprimida e deve ser medicada. (Existem, também, casos mais leves, chamados de "distimia" e que não precisam ser obrigatoriamente medicados mas que, muitas vezes, melhoram mais rápido se forem usados remédios.)
Inclusive, talvez, o psiquiatra indique até uma avaliação clínica pois, às vezes, as causas de uma fome excessiva podem estar em distúrbios hormonais ou outros problemas clínicos.
Se seu caso não for de origem psiquiátrica ou clínica, possivelmente o psiquiatra indicará uma psicoterapia, na qual procurará entender seus problemas no contexto de sua vida e de seus outros comportamentos. Através da psicoterapia, vocês elaborarão estratégias que permitam enfrentar as origens psicológicas e comportamentais desse mau humor e desta fome excessiva.