Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Sua sogra pode ter vários problemas diferentes.
Frequentemente, alterações comportamentais súbitas em pessoas de mais idade são devidas a alterações cerebrais (não só na doença de Alzheimer, mas também em casos de tumores, infecções, acidentes vasculares cerebrais) ou, mesmo, a doenças em outras partes do organismo (por exemplo, deficiências de vitaminas, uso de algum medicamento, infecções, tumores).
Em pessoas com depressão, pode haver oscilações do comportamento e maior irritabilidade, o que poderia explicar algum grau de agressividade. Também, em alguns casos conhecidos como "transtorno bipolar", o uso de antidepressivos pode levar ao desenvolvimento de quadros de agressividade, aceleração, irritabilidade.
Certamente, ela deve ser avaliada por um psiquiatra.
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A sertralina é uma medicação para ansiedade e, se suas crises de despersonalização forem devidas à ansiedade, devem melhorar com a sertralina.
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A tricofagia é o ato de comer cabelos ou pelos. Geralmente (mas nem sempre) está associada à tricotilomania ou seja, um impulso quase irresistível que a pessoa tem de arrancar cabelos ou pelos.
Uma das consequências da tricofagia é que se podem formar, no estômago ou no intestino, verdadeiras bolas de pelos, chamadas de bezoares. Os bezoares podem levar a quadros de dor abdominal que requerem procedimentos endoscópicos ou mesmo cirúrgicos.
O tratamento da tricotilomania e da tricofagia geralmente se baseia em técnicas comportamentais: procura-se determinar quais são as situações em que a pessoa mais sente necessidade de arrancar cabelos: por exemplo, eventos estressantes, tédio, cansaço, etc. Faz-se uma análise de como prevenir algumas destas situações de risco e, também, procura-se fazer com que a pessoa adote comportamentos alternativos, quando não for possível preveni-las. Por exemplo, uma técnica simples envolve o uso de "brinquedos" peludos e a pessoa manipula estes objetos ao invés de manipular seus próprios cabelos.
Usam-se, também, algumas técnicas aversivas como, por exemplo, combinar com a pessoa que não esconda as clareiras que deixa em seu cabelo ou que recolha e junte os fios de cabelos que arranca, de modo a encarar o prejuízo que está causando para si mesma.
Existem alguns remédios que estão sendo estudados para a tricotilomania, porém ainda estão em estágio experimental: a olanzapina (um antipsicótico), a N-acetilcisteína (usada para tornar o muco mais fluido) e a dronabinol (um derivado da maconha).
Pessoalmente, tive alguns resultados positivos após o uso do topiramato, mas é importante que se saiba que não é um tratamento comprovado.
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Você está com um quadro de fobia. O mais provável é que seja uma agorafobia, que é um medo excessivo de lugares com muita gente. Pode ser, também, uma fobia social, se é um medo excessivo de ser observado(a) e julgado(a) ou de passar vergonha.
 
Os tratamentos para estes quadros costumam ser muito eficazes e geralmente se baseiam em exercícios comportamentais que ajudam a pessoa, aos poucos, a enfrentar seus medos.
 
Tente chamar alguém para acompanhá-lo(a) ao médico. Às vezes, isto facilita. Caso mesmo isto lhe esteja sendo impossível, procure alguém que faça atendimentos a domicílio.
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A frustração do término de um relacionamento pode gerar raiva que, em casos extremos, pode chegar ao ponto do ódio. Isto é humanamente compreensível.
O maior problema é se as ideias saírem do campo da fantasia e se transformarem em planos homicidas, o que geralmente não ocorre.
Entretanto, independente de você executar suas fantasias ou não, este tipo de pensamentos lhe deve trazer muito sofrimento, o que é um problema por si só.
Assim, você deve procurar um psiquiatra, para avaliar seu quadro. Por vezes, este tipo de situação desencadeia quadros depressivos ou ansiedade grave, que melhoram com medicação. Nestes casos, pode acontecer que este ódio melhore, com o tratamento, pois pessoas deprimidas ou excessivamente ansiosas frequentemente se irritam com mais facilidade.
Muito importante você fazer uma psicoterapia, de modo que possa entender melhor o que ocorre com você e seu próprio funcionamento, além de ter uma maior compreensão de como você se relaciona com o mundo. Isto possibilitará que, no futuro, você lide melhor com seus namoros e um eventual rompimento deles.