Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Deve conversar com o psiquiatra dela, que conhece pessoalmente o caso. Não há como orientar, sem avaliá-la.
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TDAH
"É um transtorno do neurodesenvolvimento que se manifesta desde a infância e que causa prejuízo em diversos aspectos da vida das pessoas, especialmente prejuízo acadêmico e no trabalho.
Classificação em 3 tipos:
1-Desatento
2-Hiperativo-impulsivo
3-Combinado
A origem neurobiológica é atribuída a 2 modelos principais:
1-resultado no déficit central de inibição devido a alterações no circuito dorsal estriado e ramificações mesocorticais de dopamina
2 -resultado do déficit na sinalização de recompensas tardias e alterações nos processos motivacionais que envolvem o circuito frontal ventral estriado e ramificações mesolímbicas.
Variantes genéticas:
TDAH persistente
TDAH remitente
Casos subliminares: desatenção, procura por novidades, hiperatividade, impulsividade, acidentes.
A causa não está totalmente elucidada.
Atribui-se a causa a fatores tanto genéticos quanto ambientais.
A taxa de hereditariedade do TDAH em crianças pode chegar a 74%.
Fatores de risco ambientais:
- Consumo de álcool e cigarro na gravidez
- Exposição a chumbo e a outros metais pesados
- Uso de drogas pesadas na gravidez
- Meningite e infecção grave pós parto
Escalas:
SNAP IV para crianças e adolescentes
ASRS-V1 para adultos
Tratamento pode ser medicamentoso com uso de psicoestimulantes como Metilfenidato e dislexanfetamina.
Tratamento não farmacológico inclui intervenção cognitiva e comportamental. A psicoterapia que mais dá resultados no paciente com TDAH é a linha cognitiva comportamental. -
Peça uma segunda opinião, de outro psiquiatra, no SUS. Não há como ajudar, sem avaliar pessoalmente seu caso.
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Aceitou o tratamento proposto pelo psiquiatra? Mensalmente, alguém me procura porque tem TDAH. A maioria não tem. Muitas vezes, há comorbidade de TDAH com outro transtorno mental, que precisam ser tratados também. Sempre se pode procurar um segundo profissional ou opinião, mas algumas vezes, manter-se com o primeiro profissional pode ser mais vantajoso, porque acumula mais informações, incluídas as falências no tratamento.
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O citalopram é uma medicação usada principalmente em depressão e em alguns tipos de ansiedade. Infelizmente, sem conhecer pessoalmente o caso de sua filha, não há como saber se é um remédio indicado, no caso dela e mesmo se o tratamento dela deve ser medicamentoso, medicamentoso com psicoterapia ou somente com psicoterapia. A Sra. deve tentar o que o psiquiatra recomendou ou, se não estiver segura, pode consultar outro(a) profissional. Mas, somente com base em suas informações, não há como opinar.
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Sim. O Citalopram é um bom antidepressivo e uma boa medicação para ansiedade. Pode ser necessário ajuste da dose, pois 10mg é uma dose bem baixa. Seria importante também buscar psicoterapia para sua filha lidar melhor com a questão do luto pela morte do próprio pai, não é algo fácil de superar. Abraço!
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O mais importante é o seguimento: levá-la ao psiquiatra para verificar a resposta ao tratamento. Em qualquer tratamento, podem ser necessários ajustes ou combinações de tratamentos que são verificados de acordo com a necessidade.
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A cessação do tabagismo está associada à redução de depressão, ansiedade e estresse e à melhoria da qualidade de vida e do humor positivo. Os tamanhos de efeito são iguais ou maiores do que os do tratamento com antidepressivos para transtornos de humor e ansiedade.
Em uma metanálise (Taylor et al, 2021), em comparação com as pessoas que continuaram a fumar, as pessoas que pararam de fumar mostraram maiores reduções em ansiedade, depressão ou nestes dois sintomas combinados. Em pessoas que pararam de fumar, houve menor incidência de novos casos mistos de ansiedade e depressão.
Nesse mesmo estudo, em comparação com as pessoas que continuaram a fumar, as pessoas que pararam de fumar mostraram maiores melhorias em sintomas de estresse, sentimentos positivos e bem-estar mental.
Ela está no caminho certo. Caso se prolongue os sintomas de angústia, pode ser recomendada uma avaliação com um profissional de saúde mental. -
Parar de fumar tabaco pode levar a sintomas de abstinência, dos quais alguns podem ser vivenciados como ansiedade ou angústia. O bom é que pessoas que não fumam tem menos ansiedade do que fumantes. Assim, passada a fase inicial, a tendência é ela estar mais protegida contra angústia e ansiedade. Os estudos mostram que parar de fumar com tratamento é seis vezes mais eficiente que parar de fumar sozinho, sem acompanhamento medicamentoso e comportamental. Há consultórios particulares de psiquiatras com experiência na área e ambulatórios públicos com equipes de tratamento de tabagismo que podem ser úteis.
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A pessoa com TOC (transtorno obsessivo-compulsivo) deve fazer avaliação com um(a) psiquiatra com experiência em TOC e iniciar um tratamento. O(a) profissional com essas características podem orientar também os familiares sobre a melhor forma de proceder.
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Acho que você deveria procurar um profissional de saúde mental. Muitas vezes, não é uma tarefa simples ajudar alguém e são necessárias muitas informações. É necessário que o profissional conheça os serviços de saúde mental disponíveis que podem ser explorados e ajudá-lo a definir o problema, delimitar responsabilidades e a resolver problemas de comunicação.