Psiquiatria - Perguntas respondidas
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"eles"? há 3 séculos os médicos de pessoas com problemas mentais (também chamados de Alienistas) eram os carcereiros da sociedade e confinavam qualquer pessoa que incomodasse. Há quase 70 anos surgiram os medicamentos para pacientes psiquiátricos, mas ainda eram remédios descobertos por acaso, com fortes reações adversas, entre as quais a sedação (=dopar). Mas, há 30 anos surgiram medicamentos projetados a partir do que conhecemos sobre o cérebro para agir em determinadas estruturas, causar mudanças e até, em alguns casos, trazer a cura. A arte de medicar bem consiste em proporcionar a remissão dos sintomas, e permitir que a pessoa volte à sua vida de forma eficiente e satisfatória.
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Se você está se referindo aos psiquiatras, é errado passar medicações para "dopar" um paciente. O que ocorre, mesmo em tratamentos corretos, é que algumas medicações têm efeitos colaterais de sedação e, se houver necessidade de usá-las, trata-se de pesar os riscos e benefícios. Dependendo caso, troca-se de medicação. Entretanto, muitas vezes, se a pessoa continua tomando a medicação, o efeito sedativo diminui, ao longo das primeiras semanas de uso e a medicação passa a ser melhor tolerada.
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Há vários tipos de transtornos de ansiedade, cada qual com seus sintomas. Segundo o manual de diagnóstico de estatística da Associação Psiquiátrica Americana: Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. Porém os transtornos de ansiedade diferem entre si nos tipos de objetos ou situações que induzem medo, ansiedade ou comportamento de esquiva e na ideação cognitiva associada.
Abaixo seguem alguns dos transtornos de ansiedade e suas principais características:
Transtorno de ansiedade generalizada: as características principais são ansiedade e preocupação persistentes e excessivas acerca de várias esferas da vida, incluindo desempenho no trabalho e nos estudos, na qual o indivíduo apresenta dificuldade em controlar. Além disso, são experimentados sintomas, como: inquietação; irritabilidade; dificuldade de concentração; perturbação do sono; tensão muscular e cansaço excessivo.
Ansiedade social: o indivíduo é temeroso, ansioso ou se esquiva de situações sociais que envolvam a possibilidade de ser avaliado. Essas situações podem incluir encontrar-se com pessoas que não são familiares; situações em que o indivíduo pode ser observado comendo ou bebendo; ou ainda situações de desempenho.
Transtorno de pânico: o indivíduo experimenta ataques de pânico que incluem medo intenso ou desconforto intenso, acompanhados de sintomas físicos e/ou cognitivos inesperados, recorrentes, e está persistentemente preocupado com a possibilidade de sofrer novos ataques de pânico, por exemplo, evitando praticar exercícios físicos.
Agorafobia: os indivíduos são apreensivos e ansiosos acerca de duas ou mais das seguintes situações: usar transporte público; estar em espaços abertos; estar em lugares fechados; ficar em uma fila ou estar no meio de uma multidão; ou estar fora de casa sozinho em outras situações. O indivíduo teme essas situações devido aos pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que pode não haver auxílio disponível caso desenvolva sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores.
Fobia específica: o indivíduo mostra-se apreensivo, ansioso ou se esquiva diante de objetos ou situações específicas, sendo que o medo, ansiedade ou esquiva é quase sempre imediatamente provocado pela situação fóbica, até um ponto em que é persistente e fora de proporção em relação ao risco real que se apresenta. Existem vários tipos de fobias, como a de animais, sangue-injeção-ferimentos, entre outras.
Entretanto, você deve ter em mente que estas categorias só podem ser diagnosticadas por especialistas. É muito comum recebermos pessoas que se auto-diagnosticam pelo Dr. Google e têm ideias completamente erradas sobre seus problemas. Assim, as informações acima devem servir, no máximo, para você, EVENTUALMENTE, suspeitar de algum transtorno e, se for o caso, procurar um psiquiatra. Não chegue com diagnóstico "pronto" nem procure se tratar sem acompanhamento especializado.
Referência : baseado no texto de "Transtornos de Ansiedade" da 5a. edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana.
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O principal é seu irmão desejar se tratar. Um psiquiatra de confiança pode tratar esse tipo de problema e, além da medicação adequada ao seu irmão, pode indicar outras formas terapêuticas adequadas a ele.
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Qualquer psiquiatra deve saber avaliar, se for um adulto e, se for criança, convém consultar um psiquiatra que tenha experiência com crianças e adolescentes. Após a avaliação, você terá um diagnóstico e a indicação do melhor tratamento: medicação, psicoterapia ou ambos. A psicoterapia pode ser individual ou em família, quando necessário. A psicoterapia pode ser feita por psiquiatra que tenha experiência em psicoterapia ou psicólogo clínico.
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Você pode procurar o psiquiatra e discutir com ele estratégias para motivar a pessoa ou também é possível solicitar uma avaliação psiquiátrica domiciliar.
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Ouvir música sem que ela esteja sendo tocada é um fenômeno de alucinação auditiva e deve ser investigado psiquiátrica e neurologicamente. Pode ter muitas causas diferentes, porém não se trata de um fenômeno normal, frequentemente estando associado a alterações cerebrais. Isto é diferente de quando algumas pessoas se queixam de vir à sua memória, insistentemente, determinada música, o que pode ser um fenômeno relacionado à ansiedade ou de cunho obsessivo. Nestes casos, a pessoa não ouve, ela vem apenas na forma de um pensamento.