Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Pessoas bipolares apresentam períodos geralmente bem definidos de crises de depressão (semanas a meses de duração), intercaladas com períodos (dias ou semanas de duração) em que ficam muito aceleradas, pensam e falam mais rápido que seu normal, sentem menos necessidade de dormir; o desejo sexual pode aumentar muito; frequentemente, as pessoas passam a gastar excessivamente ou fazer negócios arriscados. Podem ser excessivamente alegres ou eufóricos, assim como excessivamente irritáveis.
 
Se você não sente vontade de viver, tem a auto-estima baixa e se sente muito irritada, talvez tenha um quadro de depressão unipolar.
 
Se for realmente bipolar, o principal tratamento é com estabilizadores de humor e, se forem usados apenas antidepressivos, o problema pode piorar.
 
Se for uma depressão unipolar, existem vários antidepressivos que podem tratar o seu problema.
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Primeiro, é importante você saber que nem o diazepam nem o clonazepam tratam a depressão.
O clonazepam e o diazepam são medicações tranquilizantes e, às vezes, são usadas para ajudar pessoas a dormir.
São medicações cujo uso tem sido cada vez mais desestimulado por aqueles que estudam o assunto: elas causam dependência e prejudicam a memória. E, como você deve ter percebido, depois de um tempo de uso eles podem parar de funcionar. Aí, as pessoas aumentam a dose e, depois de um tempo, o processo se repete.
Para você ter uma ideia, hoje em dia se recomenda que, quando se dão medicações desta classe (os da embalagem com faixa preta) para insônia, elas devem ser dadas por um máximo de duas semanas.
Além do que, não se costuma dar duas medicações "faixa preta" ao mesmo tempo. Ou se usa uma ou a outra.
Primeiramente, há necessidade de saber se sua depressão está controlada. Se ela não estiver, a primeira medida é tratá-la. No tratamento da depressão, dependendo da pessoa, podem ser usadas medicações antidepressivas que sejam mais sedativas, que causem mais sonolência. Frequentemente, usando essas medicações à noite, além de tratar a depressão, seu sono também melhora.
Muitas vezes, quando a depressão é controlada, o sono também volta ao normal.
Entretanto, a insônia pode ter várias outras causas, como doenças físicas ou problemas respiratórios.
Se sua insônia não for nem consequência de doenças físicas nem da depressão, existem técnicas, chamadas de higiene do sono, que costumam melhorar muito o sono. Elas podem ser usadas mesmo por pessoas deprimidas, só que podem não ser tão eficazes:
1 - Jamais ir para a cama sem sono, esperar o sono chegar; se não estiver com sono, sente num sofá ou numa poltrona e leia alguma coisa tranquila ou folheie uma revista com assuntos tranquilos ou escute uma música tranquila ou ainda assista a um filme tranquilo. (Veja que usei o termo tranquilo várias vezes, pois se você assistir a filmes de suspense, ler romances policiais ou ficar jogando no computador ou lavando louça, você pode ficar mais alerta ao invés de relaxar.)
2 - Se acordar no meio da noite e não conseguir adormecer de novo em 15 a 20 minutos, use as mesmas técnicas descritas acima. Volte para a cama apenas "morrendo" de sono.
3 - Mesmo que tiver insônia e tiver dormido muito pouco, não acorde mais tarde nem tire cochilos, pois isto pode reforçar o problema da insônia, na noite seguinte. Acorde cedo e mantenha-se ativo, inclusive aos fins de semana e nos feriados, pelo menos durante a fase de tratamento da insônia.
3 - Não fique preocupada em dormir 8 horas por noite: as necessidades de sono são muito individuais e não existe um tempo "certo" para dormir. Não existem evidências de que ter algumas noites de insônia seja muito prejudicial para o organismo, porém se você se preocupar demais em dormir, aí não vai conseguir, mesmo.
4 - Se for fumante, faça um tratamento, pois a nicotina é um estimulante e prejudica o sono.
5 - Evite bebidas com cafeína, como café, chá preto, chá mate, ginseng. Se for tomar, beba o menos possível e, de preferência, não use depois do horário do almoço.
6 - Exercícios regulares são uma boa forma de melhorar o sono naturalmente. Podem ser caminhadas, corridas, natação, hidroginástica. Quanto mais vezes por semana, melhor. Entretanto, evite fazer estes exercícios próximo ao seu horário de dormir, pois você pode ficar muito "ligada". De preferência termine de fazê-los 4 ou no mínimo 2 horas antes.
Se seguir estas orientações, em algumas semanas geralmente o sono melhora e, após alguns meses, fica normal.
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Possivelmente é um quadro fóbico ou de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Para saber qual dos dois (ou mesmo se for um terceiro), só tendo mais dados.
 
Os quadros de TOC se caracterizam por ideias ou pensamentos que vêm na mente da pessoa, sem que ela queira (muitas vezes, inclusive, a pessoa tenta repeli-los) e que ficam se repetindo.
 
Já os quadros de fobia se caracterizam por medos ou receios desproporcionais ou mesmo absurdos.
 
Ambos os quadros devem ser diagnosticados, de preferência, por psiquiatra.
 
O tratamento pode envolver remédios ou terapia comportamental.
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Precisa fazer uma avaliação psiquiátrica.
 
Há necessidade de se entender por que ele está o dia inteiro no computador. Existem pessoas que desenvolvem uma dependência de jogos e de uso da internet, que lembra um pouco a dependência de drogas.
 
Mas não dá para saber se seu filho fica no computador o dia inteiro por causa de um "vício" ou se tem algum outro motivo. Só avaliando.
 
Por outro lado, os cortes no braço, se tiverem sido feitos por ele, podem ter várias origens. Frequentemente, é um comportamento que algumas pessoas usam para diminuir a ansiedade e a angústia. Outras vezes, trata-se de uma forma de ter atenção. Ou pode ser as duas coisas junto.
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A falta de vontade de fazer as coisas e as dificuldades de concentração são típicas da depressão, apesar de não serem suficientes para dar o diagnóstico. Outros sintomas que frequentemente estão presentes é uma sensação de tristeza profunda ou melancolia, a perda de prazer de fazer aquelas coisas das quais a pessoa normalmente gostava; pessimismo em relação ao futuro; lembranças ruins ou sensação de culpa em relação ao passado; problemas de falta ou excesso de sono; problemas de falta ou excesso de apetite; perda do desejo sexual; ideias de que quer morrer ou mesmo de suicidar-se.
Da mesma forma que o desânimo e a dificuldade de concentração não são suficientes para o diagnóstico, o oposto também é válido. Você não precisa ter TODOS os sintomas acima para se dizer que tem uma depressão. De modo geral, aceita-se que a pessoa tenha cerca de quatro dos sintomas citados, por um período de pelo menos duas semanas, a maior parte do tempo.