Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Psiquiatria é uma especialidade médica que trata de transtornos que envolvem alterações graves do comportamento, das emoções e sentimentos.
 
O diagnóstico psiquiátrico é feito obtendo-se o histórico do paciente e através de um conjunto de técnicas chamadas de "exame psíquico", que é aprendido nas residências de psiquiatria, que são estágios envolvendo trabalho com pacientes, supervisão e aulas teóricas, geralmente com pelo menos três anos de duração. (Para entrar na residência de psiquiatria, há necessidade de ter os seis anos de formação médica e prestar um concurso.)
 
Além do exame psíquico, o psiquiatra também se utiliza de exames complementares de sangue, tomografias, ressonâncias magnéticas e todos os tipos de exames que outros médicos também usam.
 
Mas o principal, mesmo, é o exame psíquico. Nele, o psiquiatra observa as roupas, as posturas e a expressão facial do paciente, interroga sobre emoções, sentimentos, observa reações emocionais, nível de inteligência e memória, vocabulário e nível cultural.
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Possivelmente você está com depressão.
 
Mas é difícil responder, assim, sem avaliar todos os sintomas e fazer alguns exames.
 
Por exemplo, falta de ar e enjoos não são fenômenos típicos da depressão e podem ter alguma outra causa. Podem ser causados por ansiedade ou mesmo por algumas doenças físicas.
 
As dores de cabeça também não são sintomas de depressão, apesar de serem mais frequentes em pessoas com depressão.
 
Assim, seria interessante você fazer uma consulta num psiquiatra que tenha bons conhecimentos médicos gerais ou passar antes num médico clínico geral e, se ele não detectar nada, você prossegue o tratamento com um psiquiatra. Alguns clínicos conseguem tratar depressões mas, muitos deles, mesmo reconhecidamente bons, tem dificuldades de acertar doses e tipos de antidepressivos.
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A síndrome do pânico ou "transtorno de pânico" pode ser bem controlada, na maioria das vezes, através de medicações, contanto que a pessoa tome a medicação certa, na dose certa e pelo tempo certo (tratamentos curtos demais aumentam a chance de recaídas).
Entretanto, infelizmente, muitas pessoas precisam tratar-se durante toda a vida pois, quando param o tratamento, o problema volta. Porém, se elas continuarem tomando as medicações, sua qualidade de vida costuma ser muito boa e as medicações são seguras e não causam dependência (com exceção daquelas que têm uma faixa preta na embalagem, que devem ser evitadas, sempre que possível).
Um certo número de pessoas com pânico desenvolve medos muito intensos de lugares cheios de gente ou de lugares fechados, por exemplo. Este tipo de medo (fobia) frequentemente não melhora com os remédios, mas existem excelentes técnicas comportamentais para seu tratamento, que podem acabar com eles no espaço de meses ou mesmo semanas.
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Com certeza.
Vícios em jogos geralmente fazem parte de um grupo de transtornos que se chama "jogo patológico". Estes transtornos se caracterizam pelo fato de as pessoas jogarem e terem prejuízos como, entre outros, perda de dinheiro, problemas familiares, profissionais, dívidas. Apesar destes problemas, estas pessoas têm muita dificuldade de parar de jogar ou, quando param, retornam ao jogo depois de algum tempo.
O tratamento se baseia principalmente em técnicas comportamentais: o terapeuta, junto com o(a) paciente, faz um verdadeiro mapa para entender o comportamento de jogo (Quando você joga mais? Que tipo de jogos? Quanto você já perdeu? Já se endividou? Já parou alguma época? Por quanto tempo?). Em cima desta compreensão, procura-se ajudar o(a) paciente a evitar o jogo e viver sem o mesmo. Não é uma tarefa tão fácil, porque jogar pode ser excitante e desafiador; muitas pessoas encontram nos lugares que jogam companhias interessantes e, alguns mais solitários, só se socializam durante o jogo; o jogo pode aliviar tensões e, em alguns momentos, até trazer dinheiro (só que, para aqueles que jogam por dinheiro, ao longo do tempo,as perdas são geralmente maiores que os ganhos). Além disso, frequentemente (mas nem sempre), existe uma tendência de, quando a pessoa perde, querer jogar mais, para recuperar o que perdeu.
Em alguns casos, existem alguns remédios que podem ser úteis no tratamento.
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Pelas suas informações é possível a presença de um quadro de fobia, o qual se não tratado leva a uma limitação social importante, com prejuízos na vida profissional e social, por exemplo na família e a pessoas associadas à vida do paciente.
De maneira geral o tratamento é realizado com psicoterapia e medicação, tendo quase sempre sucesso.
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Este tipo de problema pode ser uma fobia (medo exagerado) ou um transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Neste último caso, geralmente a pessoa, além do medo excessivo ou mesmo irracional, costuma ter rituais para tentar diminuir os medos ou pensamentos desagradáveis. Estes rituais podem ser, por exemplo, rezas, pensamentos "positivos" para combater os negativos, lavagem excessiva das mãos ou do corpo, evitar apertar a mão de outras pessoas. Entretanto, existem outros rituais, pois cada pessoa pode ter rituais diferentes.
Estes quadros (tanto as fobias quanto o TOC) têm tratamentos muito eficazes, baseados em medicações (principalmente os inibidores de recaptação de serotonina, que são a primeira opção) e terapia comportamental ou técnicas comportamental-cognitivas. A melhora costuma ocorrer, em grande parte dos casos, num período de semanas a meses.