Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Nessa situação é realmente complicado pra você, pois te deixa preocupada excessivamente com a vida da sua filha. Mas falando sobre ela, aconselho você marcar uma consulta ONLINE o quanto antes, pois assim ela não precisa sair de casa e você leva a consulta até ela. Aconselho você não deixar ela só, tirar remédios do alcance dela, guardar facas e objetos que ela possa usar contra si, manter janelas sempre trancadas se você vive em prédio ou colocar redes de proteção. E procure ligar pra 144 ou 188 do centro de valorização da vida que é uma ONG que ajuda pessoas em risco de Suicídio.
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Realmente, a única saída é sua filha passar por uma avaliação psiquiátrica. Muitos pronto socorros possuem psiquiatras de plantão e, em casos assim, provavelmente ela será atendida. Numa situação de não haver psiquiatras de plantão em sua cidade, ela deverá passar numa avaliação por médico, mesmo que de outra especialidade e cabe ao médico, caso não saiba resolver o caso, encaminhá-lo a um colega especialista que possa atendê-la. Mas, numa situação destas, não se deve perder tempo. Pode ser que ela fale e não tente, porém a avaliação dos riscos deve necessariamente ser feita por um profissional.
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Não é possível nem é permitido indicar medicações sem avaliar pessoalmente um(a) paciente. Procure, de preferência, um psiquiatra e, na impossibilidade disto, um médico de outra especialidade ou generalista. Quanto a não ser de "tarja preta", a maioria das medicações indicadas em casos psiquiátricos não é "tarja preta" e, assim, é altamente provável que ela seja tratada, se for o caso, com medicação que não é "tarja preta". Por outro lado, se o médico achar que ela deve tomar algum remédio "tarja preta", cabe a ele saber quais são os melhores tratamentos e o correto é você segui-lo.
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A sua pergunta não está muito clara, mas se entendi bem, você fez alguma imagem do cérebro e resultaram imagens sugestivas de gliose. Se for isto, gliose é o aparecimento de células de suporte, nutrição e atividade cicatricial (glias) no cérebro e que resultam em alterações de imagem, no cérebro. A tendência é isto ocorrer ao longo do envelhecimento, devido a uma série de processos naturais do organismo mas, também, por exemplo, a processos como pequenos acidentes vasculares ou processos inflamatórios. O aspecto da imagem sugere, para o imagenologista e o neurologista, se o grau de gliose é compatível ou não com a idade. Entretanto, nem sempre isto tem manifestações psiquiátricas. Se sugeriram para procurar um psiquiatra, possivelmente é porque está havendo algum sintoma afetivo ou cognitivo que pode estar afetando sua qualidade de vida e no qual um tratamento psiquiátrico poderia, talvez, ajudar. Assim, consultando um psiquiatra, ele poderá dizer se você precisa de algum tratamento ou não. Não há nenhum risco nesta consulta. Pode ser que ele diga que não há necessidade de tratamento mas, mesmo que ele diga que há, a decisão final sempre cabe ao paciente (com raríssimas exceções) - você poderá fazer ou não.
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Ouvir vozes que outras pessoas não ouvem é um sintoma que se chama "alucinação". Você deve levar seu marido a um psiquiatra, para que se possa investigar o porquê desta manifestação e instituir o tratamento necessário.
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Existem várias medicações eficazes para TDAH. No Brasil, as de primeira linha que temos são a Ritalina* (metilfenidato) e a lisdexanfetamina. Existem tratamentos não medicamentosos, com base na terapia comportamental, que também podem funcionar no tratamento do TDAH e alguns profissionais evitam medicações por este motivo. Entretanto, os resultados do remédio costumam ser mais rápidos e se trata de medicações bastante seguras. Mas, pode haver motivos individuais para o médico evitar a prescrição, tais como, só por exemplo, história de abuso de drogas, transtorno bipolar não controlado, idade baixa demais ou avançada demais. Outro motivo válido é quando a pessoa tem sintomas de TDAH, mas não preenche todos os critérios. Finalmente, alguns profissionais não prescrevem só por terem preconceito ou por não saberem usar estas medicações.