Neurologia - Perguntas respondidas
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A duração do tratamento da epilepsia é extremamente variável, sendo algumas vezes durante toda a vida. A decisão de parar o tratamento é extremamente difícil para qualquer médico neurologista e depende de um exame clínico acurado, do tempo durante o qual o paciente está livre de crises (nunca menos de 2 anos), do tipo de epilepsia apresentado e de um a três eletroencefalogramas feitos em sequência. Alguns neurologistas preferem diminuir lentamente a quantidade da medicação quando tomam a decisão de parar o tratamento. NUNCA PARE O TRATAMENTO SEM CONSULTAR SEU MÉDICO NEUROLOGISTA.
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O tratamento para convulsão deve se estender por pelo menos 2 anos de completa remissão das crises convulsivas. O livro CURRENT DE NEUROLOGIA-BRUST corrobora essa afirmação de tempo de tratamento. Após esse período, o paciente deve realizar o desmame dos medicamentos que pode ser realizado em algumas semanas. Alguns pacientes portadores de lesões sequelares no cérebro muitas vezes não conseguem realizar o desmame e por isso em alguns casos necessitam do uso de anticonvulsivantes por um período superior a dois anos. Interessante lembrar que eletroencefalograma alterado durante o tratamento medicamentoso pode estar associado a uma chance maior de recidiva das crises após a realização do desmame. Caso o paciente retorne a ter crises convulsivas, após o desmame completo, deverá retornar a fazer uso da medicação e consultar novamente com o seu neurologista.
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O sonilóquio (é assim que se chama esse sintoma) é frequente e pode significar um distúrbio do sono, em geral, sem gravidade. Muitas vezes é dada uma medicação para aprofundar o sono e assim se melhora o sintoma, mas seria importante mais detalhes sobre o sono e se possível um exame chamado polissonografia para um diagnóstico definitivo.
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Não é comum pacientes com Parkinson apresentarem dores pelo corpo, por isso, a aconselho a procurar um médico para avaliar seu pai. O Parkinson é de controle relativamente fácil, pelo menos nas fases iniciais e podem ser indicadas medicações associadas ou não à fisioterapia e à fonoaudiologia.