Psiquiatria - Perguntas respondidas
-
Não é normal pessoas terem duas fases. Logicamente, todos podem variar de humor, dentro de determinados limites. Ficamos tristes, alegres, com raiva, magoados. Geralmente estas emoções duram pouco, horas ou dias e são desencadeadas por vivências que temos ou mantidas pelas circunstâncias em que estamos. Pessoas que tem episódios de tristeza profundos, com semanas de duração, intenso desânimo, ideias negativas preponderantes a maior parte do tempo, alterações de sono e desejo sexual (para menos), dificuldade ou incapacidade de sentir prazer, dificuldades de concentração, lentificação observada pelos outros, PODEM estar passando por depressão - somente um profissional especializado pode diagnosticar. A "mania" é caracterizada pelo oposto: períodos prolongados (pelo menos, vários dias) de humor excessivamente alegre ou efórico ou irritável, acompanhado de aceleração, pensamentos de grandeza e sensação de poder, aumento do desejo sexual, frequente aumento da vontade de gastar ou gastos excessivos, diminuição da necessidade de sono, a maior parte do dia. Quando pessoas passam por crises de mania, dizemos que têm transtorno bipolar. Estas crises geralmente se alternam com fases normais ou de depressão (ou ambas).
 
Pessoas que têm comportamentos complexos (dirigir, viajar, entrar em relacionamentos) extremamente diversos, que se mantêm por períodos prolongados, ao ponto de caracterizar a personalidade da pessoa E alternam com padrões diferentes de comportamentos por períodos prolongados, ao ponto de caracterizar a personalidade da pessoa E uma fase da personalidade esquece por completo a outra podem ter um transtorno muito raro, chamado de personalidade múltipla.
 
Entretanto, a maioria das pessoas que se dizem bipolares ou com personalidades múltiplas, são apenas pessoas normais que têm mudanças talvez um pouco mais frequentes e acentuadas que a maioria (ou que elas ou familiares assim percebem) e não têm transtorno psiquiátrico.
 
Consulte presencialmente um psiquiatra, para poder fazer o diagnóstico correto.
-
Procure um(a) psiquiatra para fazer o diagnóstico de seu problema e prescrever um tratamento adequado.
-
O seu diagnóstico provavelmente é TAG que significa Transtorno de Ansiedade Generalizada e está dentro dos transtornos do espectro da ansiedade.
É o transtorno de ansiedade mais comum.
PREVALÊNCIA
3-7% da população adulta. Ocorre mais em mulheres do que em homens.
SINTOMAS MAIS COMUNS:
Os sintomas podem variar de uma pessoa para outra. Os mais comuns são:
* Inquietação;
* Fadiga;
* Cansar-se facilmente;
* Irritabilidade;
* Dificuldade de concentração ou branco ;
* Tensão muscular;
* Dificuldade em controlar a situação;
* Problemas de sono.
Existem também outras queixas que podem estar associadas ao transtorno da ansiedade generalizada:
* Palpitações;
* Falta de ar;
* Taquicardia;
* Aumento da pressão arterial;
* Sudorese excessiva;
* Dor de cabeça;
* Alteração nos hábitos intestinais;
* Náuseas;
* Aperto no peito;
* Dores musculares.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do TAG leva em conta a história de vida do paciente, a avaliação clínica criteriosa e, quando necessário, a realização de alguns exames complementares como, por exemplo, exames do coração. Algumas escalas podem servir como auxílio para o diagnóstico.
Como os sintomas podem ser comuns a várias condições clinicas diferentes que exigem tratamento específico, é fundamental estabelecer o diagnóstico diferencial com TOC, síndrome do pânico ou fobia social, por exemplo.
TRATAMENTO:
Consiste no uso de antidepressivos, calmantes naturais ou sintéticos e benzodiazepínicos(como o Diazepam).
A psicoterapia cognitiva comportamental também é fundamental nestes casos.
A prática de exercícios aeróbicos e meditação também pode ajudar muito. -
ANSIEDADE NÃO ACONTECE AO LADO NO CORPO, ACONTECE NO CORPO DESREGULANDO UM SISTEMA DE MOLÉCULAS DE EMOÇÃO COMO ADRENALINA (LUTA E FUGA), SEROTONINA (PRAZER E DESPRAZER), DOPAMINA (PROCESSO COGNITIVO)
SÃO NEUROTRANSMISSORES QUE EM DESQUILÍBRIO ALTERAM NO CORPO OS BATIMENTOS DO CORAÇÃO, A MOTILIDADE DO TRATO GASTROINTESTINAL, A RESPIRAÇÃO.
PROCURE UM PSIQUIATRA.
O TRATAMENTO É MEDICAMENTOSO, COM PSICÓLOGO TAMBÉM E PRÁTICAS COMO YOGA.
-
Você deve entrar em contato com o psiquiatra que assiste sua mãe, relatar os sintomas que ainda observa, e perguntar a ele se outra medicação seria mais eficaz, ou um ajuste na dosagem das medicações de uso atual já solucionaria a questão, considerando todas as condições clínicas de sua familiar, pois nem sempre é possível fazer o uso de qualquer medicação, caso a paciente tenha outras comorbidades. O tratamento medicamentoso deve ser sempre individualizado. Nunca é aconselhável mudar a prescrição sem orientação do psiquiatra.
-
Não é possível avaliar o tratamento da sua mãe num site de internet (como este no qual escrevo). Você deve procurar o médico de sua mãe e pedir que lhe explique o tratamento em detalhes e diga a ele o que você tem percebido nela e porque acha que não está melhorando. É possível que apenas seja necessário esperar mais para os remédios agirem por completo. É possível que somente haja uma necessidade de ajuste de doses. Cabe ao médico decidir e explicar a vocês.
-
Aconselho você a conversar abertamente com o médico de sua mãe. Coloque suas dúvidas e incertezas com franqueza. Isto certamente, por um lado ajudará o médico com informações. Por outro, ele poderá esclarecê-la melhor. A Esquizofrenia, apesar dos imensos avanços do tratamento que se deu nos últimos anos, continua a ser um enorme desafio para a Psiquiatria.
-
A insônia realmente é um fator de risco para descompensação de ansiedade ou depressão. Procure se manter com um bom padrão de sono, faça uma boa higiene do sono. Higiene do sono é isso:
1-Durma e acorde todo dia no mesmo horário.
2-Tome um chá de camomila ou erva cidreira ou Melissa para relaxar à noite.
3-Evite energéticos, café e outras substâncias estimulantes à noite.
4-Não beba qualquer bebida alcoólica à noite.
5-Não leve preocupação para a cama.
6-Ter uma cama e um travesseiro bem confortável, um quarto aconchegante e escuro.
7-Evite tomar alguns remédios que podem atrapalhar o sono à noite como corticoides e antigripais.
8-Não faça exercícios à noite, de preferência pela manhã.
9-Faça atividades relaxantes à noite como ler um livro ou fazer crochê.
10-Não tome café ou fume à noite.
11-Procure deixar o quarto sempre escuro e a cama bem confortável.
12-Diminua a luz dos ambientes de casa à noite.
13-Reze ou faça atividades de meditação ou mindfulness na cama antes de dormir.
14-Relaxe e desacelere à noite.
15-Não use eletrônicos à noite.
16-Durma 8h por noite diariamente. Se for adolescente durma 10-12h por noite.
17-Coma 3h antes de dormir.
18-Evite tomar muitos líquidos antes da hora de dormir. -
Infelizmente, não conheço seu caso nem seu médico, de modo que não saberia fazer com que ele ajude você mais do que está fazendo. Talvez, fazendo uma avaliação com psiquiatra, possa ter ajuda adicional. Não é errado clínicos gerais tratarem depressão e ansiedade - na verdade, trata-se de transtornos tão frequentes que os psiquiatras nem dariam conta de tratar todos. Mas, certamente, um especialista pode perceber detalhes que um clínico não percebeu e conhece esquemas de tratamento que os clínicos, em geral, não conhecem.
-
O tratamento das depressões geralmente é bem eficiente, conseguindo-se pelo menos uma grande melhora, na maioria dos casos.
Pode ocorrer, no caso de alguns antidepressivos que, com o tempo, seu efeito diminua. Nestes casos, frequentemente é suficiente apenas um aumento da dose (sempre sob orientação médica).
Em alguns casos, pode ser que o antidepressivo que tomava não seja suficiente para controlar o problema suficientemente bem, de modo que ele teve uma piora que teria tido independente da medicação ter "perdido o efeito". Costumo comentar com as pessoas que é como se a depressão fosse uma sucessão de depressões ou buracos, num terreno. Quando você os enche com água, alguns ficarão totalmente cheios e outros, mais profundos, vão ficar apenas parcialmente cheios. Os buracos mais rasos são aqueles que uma certa dose de antidepressivo conseguiu preencher; os mais fundos, não preencheu, totalmente. Assim, quando ao longo do processo a depressão chega nestes buracos mais fundos, há necessidade de se potencializar o tratamento.
Por vezes, o psiquiatra opta por trocar a medicação ou acrescentar uma nova medicação àquela que o paciente já vinha tomando.
Fundamental você conversar com o psiquiatra.