Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Os padrões de beleza atuais são muito exagerados no sentido de se ter um corpo bem magro e atlético. Tem um culto exagerado à beleza e, no final das contas, se esquece de cuidar da mente e da saúde física de maneira mais global. Há um excesso de cirurgias plásticas no Brasil, recordista em uso de próteses de silicone. Abraço!
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Os padrões de beleza variam ao longo do tempo de acordo com as diferentes regiões do planeta e até mesmo entre diferentes regiões de um mesmo país. Existem alguns padrões que costuma ter uma certa universalidade, que se baseiam nos aspectos estéticos da média das pessoas de uma sociedade. Quando as características da pessoa apresentam uma variação muito grande em relação à média, pode haver indicação de uma cirurgia plástica criteriosa, mas têm havido muitos exageros nesse sentido em função de padrões estereotipados, como, por exemplo, seios grandes para mulheres. Cada pessoa deve ser avaliada caso a caso. Em muitos casos pode haver um problema de auto-estima, depressão ou transtorno obsessivo que faz com que a pessoa tenha uma percepção distorcida de sua auto-imagem. O ideal é que antes de apelar para uma correção cirúrgica eventual a pessoa seja submetida a uma avaliação psiquiátrica. Se for apenas um caso de auto-estima, o psiquiatra poderá indicar psicoterapia e, caso haja a algum outro transtorno subjacente, o que não é raro, pode também iniciar o tratamento com psicofármacos.
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Ela necessita fazer uma avaliação psiquiátrica para um diagnóstico preciso de modo a poder indicar o melhor tratamento. Pode se tratar apenas de uma questão de imaturidade emocional ou pode ter algum outro problema subjacente como Transtorno de Ansiedade ou Transtorno de Humor, por exemplo. Se já existem outros casos na família com esse tipo de transtorno, é mais provável que ela também apresente. O psiquiatra poderá diagnosticar e indicar qual o melhor tratamento psicoterápico e, se for o caso, ao mesmo tempo já iniciar um tratamento medicamentoso se for constatado algum outro problema.
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Procure um Grupo de Familiares nos Alcoólicos Anônimos de sua cidade para obter apoio e orientações.
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O ponto inicial é a sensibilização da família e depois do próprio paciente para necessidade de tratamento em equipe multidisciplinar, contendo ao menos 1 psiquiatra e 1 psicólogo(a). Não desista de tentar ajudá-la. Grupos de apoio como o AA (Alcoólicos anônimos) ou NA (Narcóticos anônimos) podem ajudar bastante. Não perca a esperança e tenha ajuda profissional sempre. A Família também adoece com o problema e pode ser um ponto de apoio importante. Existem também medicamentos prescritos por psiquiatras que podem ajudar a pessoa a parar de beber, como o Antietanol, por exemplo.
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Sugiro que seja avaliada com urgência por médico psiquiatra para averiguação de necessidade de introdução medicamentosa. Já temos tecnologia suficiente para dosagem de neurotransmissores e teste genético para saber qual a medicação mais apropriada para a pessoa, como o Neurofarmagen. Trata-se de um teste genético realizado através da saliva. O teste analisa 128 genes relacionados com o comportamento de 44 medicamentos utilizados na psiquiatria e alguns também na neurologia. Sabemos que 20% a 30% dos pacientes não respondem de forma satisfatória aos medicamentos, tanto por falta de eficácia como por efeitos colaterais graves e intoleráveis. O teste permite uma classificação dos 44 medicamentos em 4 categorias. Isto permite ao médico a escolha melhor, com maior chance de bom resultado.
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Com certeza uma consulta com um profissional poderá ajudar a clarear o diagnóstico e principalmente orientar o tratamento adequado. Mas agora é necessário saber da opinião dela. Se ela está disposta a se tratar, pois enquanto a necessidade do tratamento for somente sua, não adiantará.
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Uma avaliação deste tipo sempre é interessante no sentido de descartar alguma eventual causa clínica para essas queixas: hipotireoidismo costuma trazer sintomas que se assemelham à ansiedade e depressão.
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As benzodiazepinas são um grupo de fármacos ansiolíticos utilizados como sedativos, hipnóticos, relaxantes musculares, para amnésia anterógrada e atividade anticonvulsivante. A capacidade de causar depressão no SNC (Sistema Nervoso Central) deste grupo de fármacos é limitada, todavia, em doses altas podem levar ao coma. Não possuem capacidade de induzir anestesia, caso utilizados isoladamente. As benzodiazepinas atuam seletivamente em vias polissinápticas do SNC. Os mecanismos e os locais de ação precisos não estão ainda totalmente esclarecidos. Agem sobre um sub-receptor específico, o receptor das benzodiazepinas, no receptor A do GABA, um neurotransmissor inibitório do SNC.
Tornam os receptores GABA mais sensíveis à ativação pelo próprio GABA (agem num sub-receptor da proteína do receptor). O GABA é um neurotransmissor que abre canais de cloreto, hiperpolarizando o neurônio e inibindo a geração de potencial de ação. Ou seja, potencializam o efeito do GABA fisiológico no seu próprio receptor.