Psiquiatria - Perguntas respondidas
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O principal tratamento para o transtorno de pânico é feito com medicações, estando em primeiro plano os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS). Os resultados costumam ser muito bons.
 
Caso este tratamento não seja bem sucedido, existem outras medicações que podem ser utilizadas. Entre elas, estão os benzodiazepínicos como o alprazolam. Entretanto, deve-se evitar estas medicações por prazos longos, pois podem causar dependência e ocasionar problemas de memória.
 
Finalmente, existem técnicas comportamentais que também são eficientes em alguns tipos de crises.
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Numa grande revisão sobre o tema, publicada em 2009, constatou-se que o lítio pode causar uma piora da memória. Mas o trabalho deixa claro que esta alteração ocorre, porém é muito pequena.
 
Além disso, este trabalho é baseado em estudos feitos em grandes grupos de pessoas. Em casos individuais, fica difícil saber se a alteração da memória é devida à própria doença (que, a longo prazo, pelo estresse, pode prejudicar o cérebro), à piora natural com a idade ou a algum outro fator.
 
Seria importante consultar um psiquiatra ou neurologista para verificar de modo claro as dificuldades de memória e tentar descobrir a verdadeira causa.
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O Carbolitium (carbonato de lítio) é uma medicação bastante eficaz para Transtorno de humor, como estabilizador de humor, e está sendo usado experimentalmente para prevenção de doença de Alzheimer. Não causa esquecimento. Seria importante acompanhamento do nível de lítio no sangue, através de litemia (exame de sangue), necessária no inicio do tratamento e conforme ajuste de dose. Um abraço.
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Quando pessoas têm problemas de relacionamento e se sentem solitárias, principalmente se forem mais sensíveis, podem se sentir extremamente mal, angustiadas e com vontade de chorar.
 
Em situações extremas, a pessoa pode ficar cada vez mais desanimada e angustiada e entrar num quadro de depressão. Acredita-se que entrar em depressão possa ter desencadeantes no ambiente da pessoa mas que, uma vez que ela esteja realmente deprimida, precise de tratamento com medicações.
 
O psiquiatra é o profissional indicado para diferenciar se seu sofrimento está relacionado diretamente aos problemas que enfrenta na família ou se seu caso é de uma depressão.
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As tentativas de suicídio podem ter muitas causas e, muitas vezes, são uma forma de a pessoa dizer àqueles que o(a) cercam: "por favor, me ajudem"!
 
Porém, muitas vezes, a causa da tentativa realmente é um quadro de depressão.
 
No primeiro caso, uma psicoterapia pode ajudar a pessoa a obter a ajuda de modo menos perigoso para seu sofrimento. Por vezes, uma terapia familiar pode ajudar os outros membros da família a entenderem melhor o que se passa com quem tentou suicídio.
 
Em caso de tratar-se de uma depressão, o tratamento com medicações é obrigatório. Se o risco de suicídio for grave e persistente, a pessoa precisa ser acompanhada vinte e quatro horas por dia. Se a família tiver condições de fazê-lo ou puder contratar uma equipe, a pessoa pode permanecer em casa. Caso contrário, deve-se interná-la até que os riscos mais sérios tenham passado.
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Você está descrevendo comportamentos que ocorrem com uma certa frequência em pessoas que apresentam transtornos de personalidade, que são problemas que aparecem quando a pessoa é criança ou na adolescência e tendem a persistir por toda a vida.
Existem vários tipos de transtornos de personalidade e o tratamento varia de acordo com isto. Entretanto, em casos como o que você descreve, possivelmente uma psicoterapia pode ser útil, principalmente se envolver também aqueles familiares que se sentem prejudicados pelos atos da pessoa. É importante que ela ouça quais são seus comportamentos que incomodam e o terapeuta procure achar, junto com as outras pessoas da família, saídas que possam ser satisfatórias para todos.