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Psiquiatria - Perguntas respondidas

O que fazer quando um doente não aceita ser tratado?
  • O ideal é buscar alguém diferente que tenha uma boa relação com o paciente para que possa sugerir a busca por ajuda, outra coisa é ver a possibilidade de consulta a domicílio para essa pessoa, outra maneira de ajudar é não confrontar o paciente e sugerir a ele a ajuda. Psicólogo também pode ser um caminho interessante e geralmente mais aceito pelos pacientes. Mostre a ele quantas coisas mudaram na vida dele que justifica a busca por ajuda.
    Espero ter ajudado e saúde na cabeça.

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  • Primeiramente precisamos entender porque ele não quer ser tratado: teve uma experiência ruim no passado ou nunca se tratou? A conduta inicial vai depender da gravidade do quadro. Uma das opções pode ser uma internação para estabilização do quadro, outra opção pode ser a psicoterapia para sensibilização.

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Dr. Marcelo Marui Biondo
    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • Trata-se de uma questão difícil de responder em poucas palavras. O correto é que vocês passem numa consulta com psiquiatra, para poder orientar especificamente o seu caso.

    Há muitos motivos para uma pessoa não aceitar tratar-se:

    - não perceber que está com algum problema;

    - perceber, mas não aceitar que está com algum problema (por exemplo, por envergonhar-se);

    - estar psicótico, i.e., perder o vínculo com a realidade;

    - estar incapacitado de envolver-se com atividades de modo geral, por exemplo, por quadro depressivo ou sintomas negativos de esquizofrenia;

    - dificuldades de relacionar-se com os profissionais que o atenderam.

    Em casos de pacientes psicóticos ou gravemente deprimidos, com eventuais riscos graves, pode-se proceder a internação, mediante avaliação psiquiátrica.

    Em outros casos, a família pode procurar orientação profissional para elaborar estratégias de como motivar a pessoa a tratar-se.

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    Dr. Ivan Mario Braun
    Dr. Ivan Mario Braun
    Psicoterapia
    Psiquiatria
    São Paulo / SP
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Quem toma diazepam pode tomar Zargus (risperidona) depois de quantas horas?
  • Diazepam e Risperidona podem ser tomados juntos ou separados. Isto vai depender da indicação. A Risperidona deve ser usada à noite como uma medicação antipsicótica, enquanto o Diazepam pode ser usado para ansiedade, ajuda no controle da epilepsia ou insônia.

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    • Dr. Luiz Augusto Brauner Menezes
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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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    Psiquiatria
    Psiquiatria da Infância e Adolescência
    São Paulo / SP
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  • Olá, tudo bem? Espero que sim, os dois podem ser tomados juntos sem problemas, o ideal é tomar depois de comer, sempre. E não deixe de consultar seu médico psiquiatra. Não deixe de tomar o remédio e tome com água ou suco. Espero ter ajudado e saúde na cabeça.

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  • Não existe impedimento farmacológico para se tomar as duas medicações, mesmo simultaneamente. Porém, ambas têm efeitos sedativos que se somam e, assim, comportamentos como dirigir veículos podem ficar mais comprometidos e arriscados. A outra questão é que o diazepam é uma medicação que, com base nos conhecimentos atuais, deve ser tomado em casos bem específicos (ou seja, numa minoria de pessoas) e por períodos de apenas algumas semanas. Geralmente é usado para ansiedade e insônia, porém os tratamentos atualmente recomendados (por exemplo, os inibidores de recaptura de serotonina) são mais seguros. O diazepam pode aumentar os riscos de quedas, pode levar a dependência e, sobretudo, causar problemas de memória.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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    Psicoterapia
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Meu filho tem 11 anos, é muito inquieto, fica se mexendo a toda hora, mesmo sentado numa cadeira, assistindo ou jogando. Na hora que está assistindo ele pega para morder qualquer coisa que tiver perto ou sua própria roupa. O que posso fazer? agradeço
  • Procure um(a) psiquiatra infantil para melhor acompanhamento e conduta. Abraço e boa sorte!

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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    Psiquiatria
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  • Seu filho precisa passar numa avaliação com um psiquiatra com experiência com crianças.

     

    Um quadro de inquietação pode ter muitas origens distintas: transtorno de déficit de atenção-hiperatividade, transtorno opositivo-desafiador, transtorno do espectro autista ou mesmo causas psicológicas.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Faço uso de Donaren 300 mg, melatonina 5mg e quetroz 25 mg para controlar ansiedade que me leva à insonia muito forte. Tomo há seis anos. Vou ter que tomar para o resto da vida? Esses medicamentos fazem mal? Viciam? Obrigada.
  • A ansiedade, até certo nível e duração e, dependendo das circunstâncias, é um fenômeno normal.

    Mas, se você tem um diagnóstico de transtorno de ansiedade correto, sua ansiedade deve estar superando níveis normais e duração proporcional e/ou aparecendo em circunstâncias que não a justifiquem. Nestes casos, como em outros transtornos psiquiátricos e doenças clínicas como a asma ou a artrite reumatoide, consideramos que há uma "cronicidade", ou seja, são problemas que tendem a permanecer pela vida inteira, na maioria dos casos. Há períodos de melhora e piora espontâneos mas, muitas vezes, para a pessoa se manter livre do problema, deve tomar medicações continuamente.

    Em relação a alguns transtornos ansiosos, tratamentos não medicamentosos, principalmente a terapia cognitivo-comportamental, se têm mostrado úteis, mas mesmo esta terapia frequentemente tem efeitos melhores quando feita paralelamente ao uso de medicações.

    O Donaren* (trazodona) é considerado uma medicação bem tolerada e própria para uso prolongado, mas há dois estudos que sugerem que pode trazer algum comprometimento cognitivo.

    A melatonina ajuda a regular o sono, apesar de os estudos sugerirem que este efeito ocorre mais em alguns tipos específicos de problemas, como o "jet lag" e outras alterações do ciclo de sono-vigília e é mais demonstrado em pessoas idosas. Não tem, por enquanto, nenhum efeito colateral descrito.

    O Quetrós* (quetiapina) é uma medicação indicada como antipsicótico e estabilizador do humor e seu uso para insônia, apesar de ser comum, é algo controvertido, em função da possibilidade de efeitos colaterais em longo prazo, tais como aumento de peso, síndrome metabólica e discinesia tardia. Entretanto, nesta dose pequena que você toma, possivelmente os riscos são menores.

    Nenhuma destas medicações vicia, mas qualquer mudança de doses ou troca de medicações deve necessariamente ser discutida com seu médico.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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  • Estes medicamentos não viciam, mas você precisa fazer acompanhamento com um(a) psiquiatra a cada 2 meses para melhor avaliação e conduta. Além disso, psicoterapia também ajuda na retirada gradual destas medicações. Abraço!

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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BOM DIA! TENHO UM FILHO, HÁ 5 ANOS UM MÉDICO DIAGNOSTICOU QUE ELE TEM DEPRESSÃO PROFUNDA, SEGUINDO PSICÓTICO. DE UM TEMPO PRA CÁ, SE RECUSA A USAR MEDICAMENTO, NÃO ACEITA A IDEIA DE QUE PRECISA TOMAR OS MEDICAMENTOS, ÀS VEZES PASSA A NOITE ACORDADO.
  • Devido à gravidade do quadro, sugiro uma avaliação psiquiátrica com urgência para avaliação de risco suicida e otimização do tratamento. Internação involuntária pode ser necessária em caso que precisa de tratamento, frente à gravidade do quadro. Abraço!

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    Dr. Marcelo Marui Biondo
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  • O transtorno depressivo maior psicótico (se for o caso de seu filho) é um problema grave e necessita sempre de tratamento medicamentoso. Ele caracteriza-se pela presença de graves sintomas depressivos e uma perda do vínculo com a realidade, caracterizado por alucinações, delírios ou comportamento grosseiramente desorganizado.

    Entretanto, do ponto de vista ético e legal, um paciente que não esteja gravemente comprometido em relação à sua capacidade de tomar decisões, não pode ser obrigado a tomar remédios, mesmo que isto signifique riscos em médio prazo. A família, entretanto, pode insistir na necessidade da medicação e sugiro procurar orientação com psicólogo ou psiquiatra sobre como seria possível convencer seu filho a tomar as medicações.

    Se houver um grande comprometimento da capacidade de tomar decisões, que apenas um psiquiatra consegue avaliar, há possibilidade de a pessoa ser submetida a tratamento involuntário, geralmente em regime de internação, pelo tempo necessário para recuperar sua capacidade decisória.

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    Dr. Ivan Mario Braun
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Atenção: as informações contidas nesta página não visam substituir as orientações do seu médico. Sua pergunta será encaminhada aos especialistas do catalogo.med.br, não sendo obrigatoriamente respondida pelos profissionais listados acima.