Psiquiatria - Perguntas respondidas
-
Boa tarde, pode ser mudada a Risperidona por outro antipsicótico atípico que não esteja relacionado com tanto ganho de peso ou aumento da prolactina, melhorando os efeitos colaterais e secundariamente sua adesão ao esquema terapêutico, um exemplo seria o Aripiprazol.
-
Internação pode ser uma solução. É uma síndrome rara, também conhecida como delírio niilista ou síndrome do cadáver ambulante. A pessoa pode acreditar que já morreu e que não precisa se alimentar. Pode morrer de verdade por inanição, daí a importância da internação para que isso não ocorra.
-
O tratamento das depressões geralmente é bem eficiente, conseguindo-se pelo menos uma grande melhora, na maioria dos casos.
Pode ocorrer, no caso de alguns antidepressivos que, com o tempo, seu efeito diminua. Nestes casos, frequentemente é suficiente apenas um aumento da dose (sempre sob orientação médica).
Em alguns casos, pode ser que o antidepressivo que tomava não seja suficiente para controlar o problema suficientemente bem, de modo que ele teve uma piora que teria tido independente da medicação ter "perdido o efeito". Costumo comentar com as pessoas que é como se a depressão fosse uma sucessão de depressões ou buracos, num terreno. Quando você os enche com água, alguns ficarão totalmente cheios e outros, mais profundos, vão ficar apenas parcialmente cheios. Os buracos mais rasos são aqueles que uma certa dose de antidepressivo conseguiu preencher; os mais fundos, não preencheu, totalmente. Assim, quando ao longo do processo a depressão chega nestes buracos mais fundos, há necessidade de se potencializar o tratamento.
Por vezes, o psiquiatra opta por trocar a medicação ou acrescentar uma nova medicação àquela que o paciente já vinha tomando.
Fundamental você conversar com o psiquiatra.
-
Pessoas (crianças ou adultas) que têm dificuldades em continuar tratamentos podem ter esta dificuldade por vários motivos: o tratamento pode ter efeitos colaterais desagradáveis, a pessoa pode não estar tendo o resultado esperado ou mesmo não ter o hábito de "levar as coisas até o final".
Você deve procurar o psiquiatra que trata de seu filho e apresentar o problema para ele, de modo que se possa descobrir o que leva seu filho a não continuar e, assim, tentar resolver o problema com a orientação do profissional.
Em relação às oscilações de humor, também o psiquiatra dele é que pode esclarecê-las: podem ser oscilações normais que todos têm, ou ser parte de um transtorno (depressão, ansiedade, transtorno bipolar) ou traços de personalidade (por exemplo, no paciente "borderline").
Fale o quanto antes com o profissional que atende seu filho.
-
Boa noite, qualquer Psiquiatra deve estar habilitado para tratar de Dependência Química, porém dentro da Psiquiatria existem profissionais que tem subespecialidade em Dependência Química também. Pode procurar na sua região e realizar sua consulta.
-
Olá, tudo bem? Espero que sim.
Sim, qualquer Psiquiatra tem competência de tratar Dependência química, pois o estudo de todas as drogas que existem no mundo é estudada pelo Psiquiatra em sua formação. E tem ainda psiquiatras que fazem especialização em Dependência química, aumentando ainda mais o conhecimento na área. Espero ter ajudado e se gostou da resposta deixa aqui seu ôM e saúde na cabeça. -
Não são todos os psiquiatras que entendem do tratamento de transtornos de abuso de substâncias (o nome oficial para as dependências químicas).
 
Este tipo de tratamento requer tanto o conhecimento das medicações específicas (por sinal, só existem medicações aprovadas para o alcoolismo, o tabagismo e a dependência de heroína, NÃO existindo para maconha ou cocaína/crack).
 
Além do que, o tratamento exige o uso de técnicas psicoterápicas direcionadas para o problema: ou seja, psicoterapias que entram em questões muito amplas da vida da pessoa não são especialmente úteis - melhor terapias que focam mais no problema das drogas.
 
Além disto, frequentemente as pessoas usuárias vêm mais por pressão da família que por motivação própria e a família precisa aprender a como manter a pessoa motivada. O terapeuta também precisa saber motivar o paciente e todos os participantes precisam ter, além de tudo, muita paciência, porque a regra deste tipo de tratamento é haver recaídas. Apenas a continuidade e perseverança podem fazer que as pessoas parem definitivamente de usar, raramente param por definitivo já no início do tratamento.