Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Há vários tipos de transtornos de ansiedade, cada qual com seus sintomas. Segundo o manual de diagnóstico de estatística da Associação Psiquiátrica Americana: Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. Porém os transtornos de ansiedade diferem entre si nos tipos de objetos ou situações que induzem medo, ansiedade ou comportamento de esquiva e na ideação cognitiva associada.
Abaixo seguem alguns dos transtornos de ansiedade e suas principais características:
Transtorno de ansiedade generalizada: as características principais são ansiedade e preocupação persistentes e excessivas acerca de várias esferas da vida, incluindo desempenho no trabalho e nos estudos, na qual o indivíduo apresenta dificuldade em controlar. Além disso, são experimentados sintomas, como: inquietação; irritabilidade; dificuldade de concentração; perturbação do sono; tensão muscular e cansaço excessivo.
Ansiedade social: o indivíduo é temeroso, ansioso ou se esquiva de situações sociais que envolvam a possibilidade de ser avaliado. Essas situações podem incluir encontrar-se com pessoas que não são familiares; situações em que o indivíduo pode ser observado comendo ou bebendo; ou ainda situações de desempenho.
Transtorno de pânico: o indivíduo experimenta ataques de pânico que incluem medo intenso ou desconforto intenso, acompanhados de sintomas físicos e/ou cognitivos inesperados, recorrentes, e está persistentemente preocupado com a possibilidade de sofrer novos ataques de pânico, por exemplo, evitando praticar exercícios físicos.
Agorafobia: os indivíduos são apreensivos e ansiosos acerca de duas ou mais das seguintes situações: usar transporte público; estar em espaços abertos; estar em lugares fechados; ficar em uma fila ou estar no meio de uma multidão; ou estar fora de casa sozinho em outras situações. O indivíduo teme essas situações devido aos pensamentos de que pode ser difícil escapar ou de que pode não haver auxílio disponível caso desenvolva sintomas do tipo pânico ou outros sintomas incapacitantes ou constrangedores.
Fobia específica: o indivíduo mostra-se apreensivo, ansioso ou se esquiva diante de objetos ou situações específicas, sendo que o medo, ansiedade ou esquiva é quase sempre imediatamente provocado pela situação fóbica, até um ponto em que é persistente e fora de proporção em relação ao risco real que se apresenta. Existem vários tipos de fobias, como a de animais, sangue-injeção-ferimentos, entre outras.
Entretanto, você deve ter em mente que estas categorias só podem ser diagnosticadas por especialistas. É muito comum recebermos pessoas que se auto-diagnosticam pelo Dr. Google e têm ideias completamente erradas sobre seus problemas. Assim, as informações acima devem servir, no máximo, para você, EVENTUALMENTE, suspeitar de algum transtorno e, se for o caso, procurar um psiquiatra. Não chegue com diagnóstico "pronto" nem procure se tratar sem acompanhamento especializado.
Referência : baseado no texto de "Transtornos de Ansiedade" da 5a. edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana.
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Sim, a depressão tem cura a partir de um bom tratamento com psicólogo(a) e psiquiatra. A depressão precisa ser classificada em uni ou bipolar, episódio único ou recorrente, leve, moderada ou grave. A depressão leve pode ser curada somente com psicoterapia. A depressão moderada ou grave requer antidepressivos e psicoterapia. Se a depressão for bipolar, há necessidade do uso de um estabilizador de humor (ex.lítio). Abraço e boa sorte!
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A depressão pode ser muito bem controlada e, na grande maioria dos casos, pelo menos se obtém uma melhora muito significativa. Assim, tratando-se corretamente e mantendo o tratamento, a pessoa pode levar uma vida completamente normal, em grande parte dos casos. Entretanto, se o tratamento for suspenso, cerca de 50% das pessoas que tiveram um episódio de depressão grave ("depressão maior") terão um novo episódio, assim como 70% dos que tiveram dois episódios e 90% dos que tiveram três. Por isto, atualmente, a recomendação é de que, após um único episódio, seja feito um tratamento contínuo, de dois a cinco anos (dependendo do caso) e que, a partir do segundo episódio, o tratamento seja mantido de modo permanente. Ao longo do tratamento, a critério do psiquiatra, por vezes é possível diminuir doses.
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A depressão pode ser muito bem controlada e, na grande maioria dos casos, pelo menos se obtém uma melhora muito significativa. Assim, tratando-se corretamente e mantendo o tratamento, a pessoa pode levar uma vida completamente normal, em grande parte dos casos. Entretanto, se o tratamento for suspenso, cerca de 50% das pessoas que tiveram um episódio de depressão grave ("depressão maior") terão um novo episódio, assim como 70% dos que tiveram dois episódios e 90% dos que tiveram três. Por isto, atualmente, a recomendação é de que, após um único episódio, seja feito um tratamento contínuo, de dois a cinco anos (dependendo do caso) e que, a partir do segundo episódio, o tratamento seja mantido de modo permanente. Ao longo do tratamento, a critério do psiquiatra, por vezes é possível diminuir doses.
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"eles"? há 3 séculos os médicos de pessoas com problemas mentais (também chamados de Alienistas) eram os carcereiros da sociedade e confinavam qualquer pessoa que incomodasse. Há quase 70 anos surgiram os medicamentos para pacientes psiquiátricos, mas ainda eram remédios descobertos por acaso, com fortes reações adversas, entre as quais a sedação (=dopar). Mas, há 30 anos surgiram medicamentos projetados a partir do que conhecemos sobre o cérebro para agir em determinadas estruturas, causar mudanças e até, em alguns casos, trazer a cura. A arte de medicar bem consiste em proporcionar a remissão dos sintomas, e permitir que a pessoa volte à sua vida de forma eficiente e satisfatória.
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Se você está se referindo aos psiquiatras, é errado passar medicações para "dopar" um paciente. O que ocorre, mesmo em tratamentos corretos, é que algumas medicações têm efeitos colaterais de sedação e, se houver necessidade de usá-las, trata-se de pesar os riscos e benefícios. Dependendo caso, troca-se de medicação. Entretanto, muitas vezes, se a pessoa continua tomando a medicação, o efeito sedativo diminui, ao longo das primeiras semanas de uso e a medicação passa a ser melhor tolerada.
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Infelizmente, não é possível dar orientações sobre tratamento, num site como este, sem conhecer o caso pessoalmente. O que se pode concluir é que você deve procurar um neuro o quanto antes e, se ela continua tendo convulsões, vá a um pronto socorro e relate para obter pelo menos uma orientação até que consulte o neuro dela.