Psiquiatria - Perguntas respondidas
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Precisa ver qual o motivo de você estar tomando o Lítio, se você estiver com transtorno bipolar o seu raciocínio está correto. Outra coisa: precisa ver a sua aderência ao tratamento, se a sua aderência estiver baixa, a litemia também estará baixa e ainda não é uma questão de aumento de dose. Uma terceira coisa: precisa ver se o laboratório é confiável e se você tomou o Lítio 1 comprimido 12h antes de colher o exame do Lítio. Abraço!
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O lítio geralmente é indicado para o transtorno bipolar, mas pode ser usado em outros transtornos, também, sobretudo para aumentar o efeito de antidepressivos. De modo geral, o nível considerado ideal para o controle do transtorno bipolar, situa-se entre 0,5/0,7 a 0,9-1 mili-equivalentes por litro. Mas, em alguns casos, usam-se doses um pouco maiores e é possível que, junto com outras medicações, doses menores possam ser úteis. Mas, é impossível dizer o que seria melhor, em seu caso, sem conhecer você pessoalmente. Quanto ao fato de você continuar tendo crises, pode ser tanto falha do tratamento quanto a possibilidade de que, mesmo com tratamento correto, seu quadro ainda não tenha estabilizado totalmente. E, muito importante: lítio é uma medicação. Ninguém toma lítio porque falta lítio no organismo. O lítio é uma substância que, como qualquer outro remédio, vai atuar indiretamente no organismo - no caso, melhorando o funcionamento de seu cérebro.
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O Reconter* (escitalopram) é uma boa medicação para quadros de depressão e ansiedade e os sintomas que você relata são comuns em depressão e ansiedade. Porém, por vezes os sintomas de ansiedade e tristeza ocorrem em consequência direta de problemas pelos quais a pessoa está passando, caso em que geralmente se indica a psicoterapia. Entretanto, mesmo sua medicação estando correta, ela pode demorar semanas para fazer algum efeito e mesmo meses para fazer efeito completo. Às vezes, pode haver necessidade de mudança de doses. E, finalmente, por vezes não é a melhor medicação para aquele caso. Deste modo, seu clínico estava correto em sugerir que você consulte um especialista. Faça isto o quanto antes.
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Em primeiro lugar, é impossível saber, sem conhecê-la, qual o diagnóstico desta senhora. Mas, falando de modo genérico, o Rivotril* (clonazepam) não é uma medicação antidepressiva - pode melhorar o componente de ansiedade, que 60% das pessoas deprimidas têm, mas não costuma tratar a depressão. Além disto, principalmente em doses maiores, pode propiciar quedas e mesmo problemas de memória, de modo que, atualmente, quem conhece o assunto, costuma prescrever uso da medicação por um período de semanas e não em longo prazo. A depressão, quando presente, deve ser tratada com medicações apropriadas e o uso delas deve ser contínuo, inclusive após os sintomas terem já desaparecido. Quanto ao aparecimento de euforia excessiva, pode se tratar do transtorno bipolar, com fases de depressão e também de euforia excessiva, mas nem sempre o que as pessoas leigas denominam de "euforia" corresponde ao que o psiquiatra considera como tal: por vezes mais ansiedade, agitação ou mesmo a pessoa estar feliz podem ser mal-interpretados. Converse, em primeiro lugar, com o psiquiatra, para tirar suas dúvidas e, se mesmo assim elas continuarem, é sempere um direito seu pedir a opinião de outro especialista, mas pessoalmente, porque só assim é possível dar uma orientação confiável.
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Existem muitos quadros que podem dar os sintomas que você mencionou. Só como exemplo, transtornos de ansiedade, depressão e mesmo uso de algumas substâncias podem levar a sintomas de ansiedade ou aquilo que pessoas leigas chamam de "nervoso". Fale com o psiquiatra de seu filho e peça que explique a você suas dúvidas. Pela sua descrição é difícil de pensar num diagnóstico e, como você diz, se está insegura em relação ao psiquiatra, o melhor é consultar outro, pessoalmente.
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Todos têm oscilações do humor, que podem ser normais. Entretanto, oscilações muito grandes ou duradouras, sobretudo (mas, nem sempre) se não têm um motivo aparente, podem requerer atenção psiquiátrica ou psicológica. Consulte pessoalmente um psiquiatra, que poderá fazer as perguntas certas e entrevistar você de modo a orientar você da melhor forma.